Começar um texto escrevendo sobre a importância do digital em nossas vidas, nesse louco ano de 2020, envolve muita responsabilidade e sensibilidade.
O final do primeiro trimestre desse ano já chegou dizendo a que veio. E a minha leitura particular como executiva de MarTech, foi de que não teríamos mais tempo a perder com as transformações digitais, e que precisaríamos dedicar alguns momentos para entender a mensagem subliminar e a responsabilidade tecnológica e social de viver uma pandemia, para muitos, pela primeira vez.
Fato de que seria um ano onde, ao mesmo tempo, precisaríamos acelerar no trabalho e frear para entender a avalanche de emoções do que estaria por vir.
No final do ano passado entrei na AmPm e no início desse ano me mudei pra São Paulo e voltei a trabalhar com dois grandes profissionais. Eles me ensinam diariamente que as principais ferramentas de trabalho são a vontade de trabalhar, o amor pelo que faz e com quem faz, e não importa a ordem dos fatores. E viver 2020, com essas premissas básicas, foi essencial para quebrar os obstáculos inerentes às grandes empresas: dificuldades nas integrações de sistemas, morosidade nos processos e muita gente.
Perdemos o direito de ir e vir com o isolamento social (vem delivery). Se saímos de casa, a regra é não tocar em nada (contactless/carteiras digitais). A qualquer ou a todo momento, água e sabão ou álcool gel nas mãos (segurança). Não tem sido fácil, mas o ser humano se adapta a tudo.
Em resumo, a transformação digital virou aceleração, as startups nos salvaram com agilidade e sem processos burocráticos, e as integrações de sistemas… Elas que lutem! Vamos entregar a solução para o consumidor e correr no paralelo com as integrações. Mas vamos entregar, porque nossos consumidores precisam dessa entrega a jato!
E pensando em “consumer insights” temos ainda duas outras transformações importantes, depois de sete meses de pandemia… Surge um novo segmento de consumidor 60+, super digital, com muito tempo para estudar a matéria, exigente, sensível e feliz com a sua autoestima nas alturas, pois mudaram de “tecnofóbicos” à influenciadores digitais! E a segunda grande mudança: o digital não sai mais de cena! Com a solução do home office, veio a reboque a descentralização do nosso consumidor. Ele agora pode realizar o grande sonho de morar bem e longe dos grandes centros urbanos.
Alguma dúvida do protagonismo dos meios digitais e de que essa jornada veio para ficar?
Viviane Athar é head MarTech e Digital na AmPm
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