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Restaurantes têm novo avanço no país, mas consumo ainda é 23,2% inferior, mostra índice Fipe e Alelo

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas, divulga dados atualizados a respeito dos impactos da Covid-19 com os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) e Índices de Consumo em Restaurantes (ICR), com base nas transações diárias realizadas, em outubro de 2020, a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional.

De acordo com os últimos resultados, o consumo em restaurantes registrou queda de 23,2% no valor total gasto, acompanhado por uma retração de 44% no volume de transações realizadas com benefício refeição, em comparação a outubro de 2019. É importante notar, por outro lado, que o número de estabelecimentos comerciais que efetuaram transações em outubro de 2020 foi apenas 2,1% inferior ao registrado no mesmo mês de 2019.

Em um contexto de reabertura e flexibilização do horário de operação de restaurantes e outros estabelecimentos, os últimos resultados reforçam a queda contínua do impacto sobre o valor consumido nesses locais desde o início da pandemia. Exemplo desse progresso pode ser constatado na evolução do valor consumido desde o início da pandemia, em relação ao mesmo mês de 2019: -49,8% (abril), -39,3% (maio), -33,8% (junho), -28,1% (julho), -26,8% (agosto) e -25,8% (setembro) e -23,2% (outubro).

“A cada mês, percebemos um cenário mais positivo para os estabelecimentos comerciais nos três aspectos: valor gasto, número de transações e quantidade de estabelecimentos comerciais que registraram transações. Acreditamos que a retomada dos hábitos de consumo tende a ser ainda maior nos próximos meses, principalmente com a chegada das comemorações de fim de ano”, afirma Cesario Nakamura, presidente da Alelo.

Já o consumo em supermercados teve um aumento de 5,9% no valor total gasto no mês, em comparação a outubro de 2019. Foi notado ainda um crescimento no número de estabelecimentos que realizaram transações utilizando como meio de pagamento o benefício alimentação no período (+1,1%). Por outro lado, os dados de outubro de 2020 ainda sustentam uma queda de 10,2% no volume de transações realizadas, em relação ao mesmo mês do ano passado.

Segundo os pesquisadores da Fipe, tais resultados evidenciam que o último mês apresentou uma melhora significativa do consumo no segmento de supermercados em relação ao mesmo mês do ano passado. Por outro lado, a análise dos indicadores revela também que o volume de transações ainda não retomou os patamares observados no período pré-pandemia – comportamento provavelmente relacionado à concentração dos gastos em um número menor de transações.

Vale destacar que os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) acompanham as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros; e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) focam na evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up).

Dados regionais

Em termos regionais, a análise dos resultados do estudo revela que os efeitos da pandemia continuam se distribuindo de forma heterogênea sobre as unidades federativas, refletindo a descentralização e as diferenças temporais entre os processos de fechamento e abertura das economias locais, bem como a interiorização da pandemia.

Adotando como parâmetro o valor gasto em restaurantes, é possível evidenciar que as regiões mais impactadas negativamente em outubro foram a Sudeste (-23,6%) e Sul (-23,5%), contrastando com os menores impactos observados nas regiões Norte (-16,4%) e Nordeste (-20,2%). Já o consumo na região Centro-Oeste ocupou posição intermediária no ranking, com variação de -21,5%.

Individualmente, as unidades federativas que registraram os maiores impactos negativos no valor gasto em restaurantes foram: Piauí* (-37,5%), Pará (-28,3%), Rio de Janeiro (-28%), Rio Grande do Sul (-26,3%) e Bahia (-26,2%), contrapondo-se àquelas que apresentaram crescimento ou menor redução no consumo: Amapá* (+10,9%), Rondônia* (+10,9%), Acre* (-0,2%), Mato Grosso do Sul (-6,8%) e Roraima* (-6,9%). Em respeito ao consumo em outras unidades federativas importantes, vale mencionar: São Paulo (-22,3%), Minas Gerais (-25,7%) Distrito Federal (-26,0%) e Paraná (-25,2%).

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