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Habib’s aposta na força do consumo de seus produtos

Habib’s aposta na força do consumo de seus produtos na casa dos clientes para turbinar seu crescimento após uma fase em que teve de fechar lojas e enfrentou processos tributários milionários. A rede fechou o ano passado com 540 unidades – não muito mais do que em 2014, considerado o marco inicial da crise econômica.

Em 2019, porém, além de acelerar inaugurações – com 20 novos Habib’s e 100 Ragazzo -, a empresa também está reformando boa parte de seus pontos de venda para melhorar o atendimento de delivery.

Essa estratégia tem razão de ser: hoje, do total das vendas do Habib’s, 46% têm consumo concentrado fora da loja, vindo do delivery e também do pick-up – quando o consumidor vai até a loja e leva o produto para consumir em casa (há dois anos, esse índice era de 17%).

Para agilizar o serviço, a companhia está implantando um sistema de drive-thru duplo: um para atender quem faz o pedido na hora e outro para os que já escolheram pelo aplicativo da rede ou pelo iFood. A mesma lógica será aplicada em balcões separados para quem chega à loja a pé.

De acordo com Alberto Saraiva, fundador da rede Habib’s, é necessário facilitar a vida de quem vai até a loja porque, para o cliente do Habib’s, a taxa do delivery pode ser um inibidor de consumo, pois pode representar facilmente 20% do valor total da compra. “Não que a taxa que cobramos seja alta, mas como aqui a pessoa leva dez esfihas por R$ 12, ela fica desproporcional em certos casos.”

Para enfrentar Burger King e Mc´Donalds, o dono da rede especializada em esfirras voltou à linha de frente do negócio e, para enfrentar a concorrência, reduziu o preço do pão em 30%. “Estamos no meio de uma guerra e nada melhor que o fundador, com toda a experiência, comandar esse momento do  fast food  no Brasil.”

(Foto reprodução)