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Monster Beverage responde a acusações de supervalorização das ações

A Monster Beverage, uma das líderes globais no mercado de bebidas energéticas, está enfrentando questionamentos por parte de um fundo de investimentos que contesta a real valorização da companhia. A polêmica destaca os desafios atuais do setor e levanta reflexões sobre mudanças no comportamento do consumidor.

Na última terça-feira, a Spruce Point Management publicou um relatório no qual acusa a Monster de mascarar sua real situação financeira. Segundo o fundo, a empresa enfrenta uma desaceleração nas vendas nos Estados Unidos, dificuldades na expansão internacional e maior concorrência de marcas posicionadas como mais saudáveis, como a Celsius. A Spruce Point também argumenta que as ações da Monster estão sendo negociadas a um valor “injustamente elevado” em comparação com a Coca-Cola, que detém 21% da empresa.

Em resposta, os co-CEOs da Monster, Rodney Sacks e Hilton Schlosberg, classificaram o relatório como “falso e enganoso”. Em comunicado oficial, reforçaram que as demonstrações financeiras da companhia seguem rigorosamente os padrões exigidos pela SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA), acusando a Spruce Point de agir em benefício próprio por meio de especulação.

“O relatório divulgado por um vendedor a descoberto ativista e egoísta está repleto de imprecisões e calúnias”, declararam os executivos. “Acreditamos que ele foi elaborado com o objetivo de distorcer o histórico e o valor das ações da empresa.”

Além das acusações, a Monster enfrenta outros desafios significativos. Em um mercado cada vez mais competitivo e saturado, a empresa reportou no último trimestre fiscal encargos de US$ 130 milhões relacionados ao desempenho fraco de sua linha de bebidas alcoólicas. O excesso de estoque, estimado em US$ 4,1 milhões, também reforça a necessidade de ajustes estratégicos.

No mês passado, a companhia anunciou que Rodney Sacks deixará o cargo de co-CEO em junho, passando a liderança integral para Hilton Schlosberg.

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