O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, no dia 27 de Dezembro de 2024, a aquisição do controle da rede de supermercados Dia Brasil pelo fundo de investimentos Arila, ligado ao empresário Nelson Tanure. A operação marca a saída do fundo Lyra II, administrado pela MAM Asset e conectado ao Banco Master, que comandava a rede desde maio, após a venda da operação brasileira pelo grupo espanhol Dia.

Segundo o Cade, o grupo comprador não atua no mercado de varejo, o que elimina riscos de concentração econômica e impactos negativos à concorrência. Atualmente, o Dia Brasil atravessa um processo de recuperação judicial com dívidas que somam cerca de R$ 1,1 bilhão. Conhecido por investir em empresas em dificuldades financeiras, Nelson Tanure pretende reestruturar a rede.

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O movimento ocorre em meio a rumores de uma possível fusão entre o Dia Brasil e o Grupo Pão de Açúcar (GPA), reforçados pela recente participação do fundo Reag Trust, também vinculado a Tanure, no GPA. No último dia 16 de dezembro, a Reag informou ter adquirido 5,69% das ações ordinárias do GPA, além de derivativos que elevam sua exposição total para 9,56%.

De acordo com o jornal Valor Econômico, a estratégia de Tanure pode ser consolidar uma corporation no varejo, unindo as operações do Dia Brasil ao GPA, que controla marcas como Pão de Açúcar e Extra. Contudo, ainda não há negociações formais entre as partes, segundo a publicação.

A aquisição e as especulações em torno do futuro do Dia Brasil destacam o dinamismo e as oportunidades no setor de varejo, sobretudo para investidores interessados em ativos em transformação.