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St Marche prepara recuperação extrajudicial e negocia com BTG

divulgação

De acordo com reportagem da Pipeline Valor, do Globo.com, cerca de R$ 200 milhões da dívida de R$ 363 milhões da Hortus estão alocados em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), distribuídos a aproximadamente 3 mil investidores pessoas físicas. Embora a empresa ainda não tenha fechado um plano de recuperação com esses credores, ela já teria quórum suficiente para protocolar a proposta mesmo sem o aval deles.

O grupo St Marche também negocia com o BTG Pactual, gestor do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não-Padronizados Alternative Assets I, principal credor dos R$ 276 milhões devidos pela holding. O fundo investiu em debêntures que têm como garantia ações da holding e da própria Hortus.

Além disso, o St Marche busca levantar recursos com o BTG e com o fundo L Catterton — que detém 70% de participação na companhia — por meio de um empréstimo DIP (debtor-in-possession). O objetivo é quitar dívidas em atraso com fornecedores — que devem ficar fora do processo de reestruturação — e recompor os estoques. Em fevereiro, os débitos com fornecedores somavam R$ 42 milhões.

Segundo a mesma reportagem, o plano de recuperação também deve incluir o alongamento de prazos de pagamento e algum nível de haircut (desconto sobre o valor da dívida), cujos detalhes ainda estão sendo finalizados.

Apesar das dificuldades, o St Marche apresentou um faturamento de R$ 971 milhões e um Ebitda de R$ 103 milhões nos primeiros nove meses de 2024 — crescimento de 8,9% e 19,6%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023.

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