FoodBiz

PUBLICIDADE

Varejo sobe 0,6% em abril, aponta o Índice do Varejo Stone (IVS)

freepik

As vendas do comércio brasileiro apresentaram resultados positivos em abril, com uma alta mensal de 0,6%, de acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS). Em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 0,4%. O estudo, que acompanha mensalmente a movimentação do varejo no país, é uma iniciativa da Stone, principal parceira do empreendedor brasileiro. O relatório completo pode ser encontrado na nova plataforma de conteúdo da Stone.
 

“Em abril, continuamos observando sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho, com aumento da taxa de desemprego e diminuição da geração de empregos formais. Ao mesmo tempo, as famílias seguem pressionadas pelo alto nível de endividamento e por uma inflação ainda elevada. Embora alguns indicadores mostrem certa estabilidade, o cenário geral ainda é de desaceleração da atividade econômica. Por isso, é prematuro falar em reversão dessa tendência — será preciso acompanhar os próximos meses para entender se há, de fato, uma mudança no ritmo da economia”, comenta Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone.
 

Índice de Comércio Digital

O comércio digital registrou alta mensal de 5,3% e o físico apresentou crescimento de 0,3%. No comparativo anual, o comércio digital teve retração de 4,8%, enquanto o físico seguiu em alta, com crescimento de 1,3%.
 

Segmentos

Na análise mensal, sete dos oito segmentos analisados registraram alta em abril. Os resultados positivos foram observadas nos setores de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (7%), Material de Construção (2,1%), Tecidos, Vestuário e Calçados e Móveis e Eletrodomésticos (1,3%), Artigos Farmacêuticos (0,8%), Combustíveis e Lubrificantes (0,6%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (0,2%). O setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo foi o único que registrou queda no comparativo mensal, de 2,2%.
 

No comparativo anual, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes teve o melhor desempenho, com alta de 5,8%, seguido por Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (4,0%) e Tecidos, Vestuário e Calçados (3,3%). Os demais setores registraram queda: Móveis e Eletrodomésticos (3,2%), Artigos Farmacêuticos (3%), Material de Construção (2,6%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (1,5%). O setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria permaneceu estável, com variação de 0%.
 

“Apesar da leve melhora observada na maioria dos setores em abril, as altas não foram suficientes para compensar as quedas registradas no mês anterior. Um exemplo é o setor de Vestuário, que avançou 1,3% em abril após ter recuado 3,3% em março — o que mostra que o nível de atividade segue abaixo do patamar médio. De forma geral, o varejo ainda opera em ritmo lento, sem sinal claro de recuperação sustentada”, completa Matheus Calvelli.
 

Destaques regionais 

No recorte regional, 19 estados apresentaram crescimento no comparativo anual: Acre (12,1%), Amapá (9,4%), Sergipe (8,6%), Roraima (6,5%), Rio Grande do Sul (5,7%), Pará (5,5%), Espírito Santo e Bahia (4,3%), Pernambuco (3,7%), Paraná (3,4%), Goiás (3,2%), Santa Catarina (2,6%), São Paulo (2,5%), Paraíba (2,2%), Tocantins e Ceará (1,9%), Mato Grosso (1,8%), Maranhão (0,6%) e Piauí (0,5%).
 

Já entre os estados com resultados negativos, o Distrito Federal apresentou a maior queda, de 4,7%, seguido por Mato Grosso do Sul (4,4%), Rondônia (3,3%), Rio de Janeiro (2,7%), Amazonas (2,1%), Rio Grande do Norte (1,3%), Alagoas (0,6%) e Minas Gerais (0,2%).

Compartilhar