Na última quinta-feira (13), os contratos futuros de milho em Chicago registraram uma alta significativa, impulsionados por fortes vendas de exportação dos EUA, preocupações com as condições climáticas na Argentina e a forte demanda global, conforme indicaram analistas.
Os futuros da soja também apresentaram valorização, embora tenham permanecido sob pressão devido às vendas fracas para exportação dos EUA e ao avanço acelerado da colheita no Brasil. Já o trigo fechou o pregão em alta, após uma jornada instável, com preços sustentados pelas sólidas vendas para exportação e pelos riscos climáticos em áreas chave de cultivo.
O mercado de grãos também está atento a novos desdobramentos das ações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que busca negociar o fim da guerra na Ucrânia e implementar tarifas comerciais sobre os parceiros comerciais dos EUA.
O contrato de milho mais negociado avançou 3,25 centavos, alcançando US$ 4,935 por bushel. A soja mais ativa teve um aumento de 2,25 centavos, fechando a US$ 10,30 por bushel.
Embora os EUA tenham se beneficiado de um expressivo interesse internacional na compra de milho nesta semana, as vendas internas dos agricultores limitaram o potencial de alta dos preços, segundo especialistas.
A Argentina, por sua vez, enfrenta desafios de produtividade devido às condições climáticas quentes e secas nos cinturões de milho e soja, o que tem pressionado os preços. Contudo, as chuvas em fevereiro trouxeram alívio, atenuando os efeitos da seca.
“Estamos em um momento crítico para a safra da Argentina”, afirmou Brian Basting, analista da Advance Trading.
No Brasil, a colheita de soja está a caminho de um recorde histórico, aumentando a pressão sobre os preços do grão, à medida que compradores transferem suas compras para a América do Sul.
Em relação ao trigo, o preço subiu 3,50 centavos, alcançando US$ 5,7775 por bushel, devido aos fortes volumes de exportação e aos riscos climáticos que afetam as áreas de cultivo.