A Unilever anunciou planos de desmembrar sua unidade de sorvetes, que inclui as icônicas marcas Magnum e Ben & Jerry’s, com o objetivo de listá-la na bolsa de Amsterdã. No entanto, essa estratégia pode ser reavaliada se os fundadores da Ben & Jerry’s, Ben Cohen e Jerry Greenfield, conseguirem concretizar uma proposta ousada: recomprar a marca que foi vendida à Unilever há 25 anos.

De acordo com fontes da Bloomberg, a negociação está em andamento há meses, mas a tarefa não será fácil. Em 2000, a multinacional pagou US$ 326 milhões pela Ben & Jerry’s, que hoje está avaliada em mais de US$ 10 bilhões. Para viabilizar a recompra, Cohen e Greenfield precisarão de parcerias com investidores de grande porte.

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Por outro lado, a Unilever não parece disposta a vender o negócio de sorvetes, que atualmente gera mais de € 8 bilhões em receita anual. Um porta-voz da empresa confirmou à Bloomberg que a Ben & Jerry’s continuará fazendo parte do portfólio de sorvetes e que não está à venda, mesmo com o processo de separação da unidade em curso.

A história entre as duas partes já foi marcada por desentendimentos, como quando os fundadores impuseram a condição de que a Ben & Jerry’s fosse supervisionada por um conselho independente da Unilever, para garantir que a marca continuasse alinhada com suas causas progressistas. Esse episódio gerou atritos, que se intensificaram em 2021, quando a Ben & Jerry’s anunciou que deixaria de vender seus produtos na Cisjordânia, levando a Unilever a vender sua operação em Israel.

Embora o futuro da Ben & Jerry’s ainda esteja em jogo, o desmembramento do setor de sorvetes da Unilever está em andamento, com a companhia explorando a listagem de ações na bolsa. O CEO Hein Schumacher, que foi recentemente substituído, estava à frente da reestruturação, mas a transição continua a gerar especulações sobre o futuro da icônica marca de sorvetes.