A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) apresentou ao governo federal uma proposta inovadora para combater a alta dos preços dos alimentos: alterar a data de validade de produtos não perecíveis, como biscoitos e massas. A ideia, inspirada em países como os Estados Unidos, é adotar o modelo “melhor consumir até”, que permite a venda de produtos após a data indicada, desde que estejam em condições adequadas para o consumo.
Segundo a ABRAS, essa mudança poderia gerar uma economia significativa, reduzindo o desperdício de alimentos e permitindo a venda de produtos a preços mais baixos. A associação argumenta que a medida faria parte de um conjunto de ações para controlar a inflação e garantir o acesso de todos à alimentação.
O presidente da ABRAS, João Galassi, destacou que a proposta tem o potencial de gerar impactos positivos em diversos setores da economia, como a geração de empregos e o fortalecimento de uma economia mais justa e sustentável.
A proposta da ABRAS ganhou força em um momento em que o governo federal busca medidas para conter a alta dos preços dos alimentos. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo está analisando um conjunto de intervenções para baratear os alimentos no Brasil, incluindo a possibilidade de aumentar a produção e a oferta de produtos, além de reduzir os custos de produção.
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Outras propostas da ABRAS
Além da mudança na data de validade, a ABRAS também sugeriu outras medidas para reduzir os preços dos alimentos, como:
- Apoio da Caixa Econômica Federal para o auxílio-alimentação dos trabalhadores do setor: A ideia é facilitar o acesso dos trabalhadores a alimentos de qualidade.
- Venda de remédios sem receita nos supermercados: Essa medida visa aumentar a comodidade dos consumidores e reduzir os custos com a compra de medicamentos.
Impacto da proposta
A proposta da ABRAS gerou debates sobre os possíveis impactos da mudança na data de validade dos alimentos. Enquanto alguns defendem que a medida pode ser uma solução eficaz para reduzir os preços e o desperdício, outros questionam os riscos para a saúde do consumidor e a necessidade de uma regulamentação mais clara sobre o assunto.
É importante ressaltar que a adoção da proposta da ABRAS depende da aprovação do governo federal e de uma análise cuidadosa dos impactos da medida em toda a cadeia produtiva de alimentos.
Essa adaptação foi inspirada na matéria original publicada pela CNN