A Reforma Tributária
A tão discutida reforma tributária, há décadas no radar do Brasil, recentemente conquistou um avanço significativo com a aprovação do texto base pela Câmara dos Deputados.
Este passo corajoso representa um marco para desburocratizar nosso sistema tributário, modernizar a arrecadação e fortalecer a competitividade das empresas.
Em meio a essa série de mudanças, é inevitável reconhecer que diversas medidas irão impactar diretamente os empreendedores do setor de foodservice.
O setor de pequenos negócios desempenha um papel central na geração de empregos em nosso país.
Um exemplo notável é o ramo de foodservice, responsável por 1,9 milhão de empregos diretos e formais.
Além disso, assume um papel crucial na oferta do primeiro emprego, especialmente para jovens entre 18 e 24 anos. Incluindo negros, mulheres e indivíduos com menor nível de escolaridade – destacando-se como o segundo setor que mais gerou vagas em 2022.
Entretanto, esse setor enfrenta um desafio de peso: uma carga tributária elevada e uma burocracia exasperante na hora de cumprir suas obrigações fiscais.
As cargas Tributárias
De acordo com o Banco Mundial, empresas brasileiras gastam em média 1.500 horas por ano para se adequar às suas obrigações tributárias.
Atualmente, o segmento de foodservice lida com uma miríade de alíquotas e complexidades tributárias que prejudicam a fluidez dos negócios, dado que estabelecimentos precisam lidar com diversos produtos simultaneamente.
O novo projeto prevê uma unificação em dois tributos, a CBS (federal) e o IBS (estadual/municipal), ambos com mesmas alíquotas e fato gerador.
Essa mudança visa simplificar a cobrança, diminuir custos administrativos e aprimorar a eficiência do sistema tributário.
Além disso, o texto propõe uma redução nos impostos sobre alimentos, uma perspectiva que pode se traduzir em preços mais acessíveis para os consumidores.
Para Thiago Russo, Sponsor do Comitê Jurídico, Tributário e Relações Institucionais do IFB, com as mudanças, os players também terão mais organização sobre o que repassam ao governo para criar uma maior visibilidade de riscos.
Russo ainda ressalta que esse novo olhar pode resultar em operações mais sólidas e capazes de evoluir, tanto em investimentos, quanto em expansão e atendimento ao público.
Os ajustes da reforma
É importante destacar que a reforma ainda será alvo de discussões e ajustes, com a possibilidade de estabelecer um regime especial para restaurantes, reconhecendo o impacto singular desse setor.
Ademais, a24 alimentação fora de casa deixou de ser um luxo para se tornar uma necessidade para pessoas de todas as classes sociais.
Embora haja pontos a serem refinados, as expectativas permanecem otimistas para o setor de alimentos.
Agora, torna-se fundamental que os empreendedores compreendam as oportunidades para seus negócios e estejam atentos às dinâmicas do mercado. Assim, se engajando em pesquisas e indicadores que possam embasar decisões.
Portanto, o conhecimento se torna uma ferramenta vital para orientar os passos necessários, aproveitando a reforma como um impulso para alavancar negócios e contribuir para o desenvolvimento econômico do setor de alimentos em nosso país.