A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) apresentou uma proposta alternativa ao recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), especialmente preocupado com os efeitos negativos que essa elevação pode causar no setor de turismo brasileiro. Entre as alternativas sugeridas está a taxação de casas de apostas virtuais, conhecidas como bets.
Segundo a entidade, em vez de penalizar o consumidor com o aumento do IOF em transações internacionais – que passou a ser de 3,5% em operações como compras no exterior com cartão de crédito, débito, pré-pago e contas internacionais – o governo deveria mirar atividades ainda não reguladas, mas que movimentam grandes volumes financeiros no país. Além das apostas online, a Fhoresp também mencionou plataformas como o Airbnb, transações com criptomoedas e a revisão de subsídios concedidos a grandes empresas.
Para Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp, o aumento do IOF representa um impacto direto no turismo, especialmente ao encarecer viagens internacionais. Ele defende que o foco da arrecadação fiscal deveria recair sobre setores ainda à margem da fiscalização, como as bets, que hoje operam sem regulação clara no Brasil.
Outro ponto criticado pela Fhoresp é a proposta do Ministério da Fazenda de aumentar a tributação sobre a antecipação de crédito, prática comum entre os comerciantes para manter o fluxo de caixa. Com a mudança, a taxa máxima anual dessa operação poderá chegar a 3,95%, o que, segundo a entidade, coloca em risco a sobrevivência de muitos estabelecimentos e pode gerar demissões em massa.
A Federação paulista reforça que o setor de turismo e hospitalidade já enfrenta inúmeros desafios e que aumentar a carga tributária sobre empresários que geram emprego e movimentam a economia não é o caminho mais justo.
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