FoodBiz

PUBLICIDADE

Reaqt: Inovação brasileira no reuso inteligente da água

divulgação

Em matéria publicada pela Exame, Marcos Heitor Cardoso, CEO e cofundador da Reaqt, lança um alerta contundente: “Estamos presos a um mito de que água é um recurso infinito. Não é. E dá para ser lucrativo, sustentável e inovador ao mesmo tempo.” A declaração resume o desafio e a oportunidade que a Reaqt abraça desde 2013, ao redesenhar o ciclo hídrico de grandes indústrias e operações urbanas em um país que, embora detenha a maior reserva de água doce do planeta, convive com crises de abastecimento e desperdício.

A empresa já tratou mais de 10 bilhões de litros de água, gerando uma economia de até 40% para clientes como Suzano e Heineken. Desde 2021, após captar R$ 101,5 milhões de um grupo confidencial de investidores, a Reaqt vem acelerando seu crescimento e prevê faturar R$ 45 milhões em 2025 — mais que dobrando sua receita ano a ano.

Fundada originalmente como Aquafix e sediada na Vila Madalena, em São Paulo, a Reaqt reúne cerca de 40 funcionários e é composta por quatro sócios, sendo três engenheiros fundadores e um investidor. A matéria destaca que, até 2021, o crescimento era financiado majoritariamente por recursos próprios e familiares, o que, embora limitasse a escala, garantiu foco em inovação.

O diferencial competitivo da Reaqt está na união de engenharia proprietária, inteligência de dados e processos personalizados de reuso, capazes de atender à complexidade dos efluentes industriais brasileiros. “Eu invisto, implanto, opero e vendo a água tratada para o cliente, como se fosse um pedágio”, explica Cardoso. Assim, o cliente paga apenas pelo uso da água, sem precisar investir em infraestrutura.

A Exame ressalta que esta foi a primeira entrevista da Reaqt à imprensa. O CEO brinca: “Dizem que empresa de engenharia é ruim de marketing.”

A trajetória começou com soluções para problemas técnicos em estações de tratamento de shoppings, como o Manauara, em Manaus. Com o tempo, a empresa passou a atender setores intensivos em consumo hídrico, como papel e celulose, químico, alimentos, bebidas, óleo e gás, além de portos e marinas.

A matéria também menciona as parcerias tecnológicas com empresas israelenses e o desenvolvimento de soluções próprias para enfrentar os altos custos e a complexidade do saneamento industrial. “A água para a indústria tem toda a tabela periódica dentro”, observa Cardoso, explicando a necessidade de um modelo customizado que a empresa define como “alfaiataria do tratamento”.

Mesmo com a retração do setor de shoppings durante a pandemia, a Reaqt manteve todos os contratos e sua equipe intacta, graças à confiança conquistada e a cláusulas contratuais rigorosas.

Agora, a empresa se prepara para expandir internacionalmente, com foco em países asiáticos, e mira novos projetos, como o tratamento de água para a produção de hidrogênio verde — um campo que exige pureza extrema e que promete ser um marco de inovação para a Reaqt.

“O Brasil tem muito espaço para crescer, mas precisa romper barreiras culturais e regulatórias. O setor de água é um negócio gigantesco e estratégico para o futuro — quem entender isso vai estar na frente”, conclui Cardoso à Exame.



Essa adaptação foi inspirada na matéria original publicada pela Exame

Compartilhar