Açúcar, sal, óleos e gorduras são parte do preparo de alimentos, tornando-os mais palatáveis e tem seu papel do processo, sendo essenciais à vida. O problema é quando temos um excesso desses ingredientes, o que torna prejudicial seu consumo. Sódio, açúcar livre e gorduras saturadas apresentam ameaça em altas quantidades, possuindo muitas calorias e causando risco de doenças como obesidade, hipertensão, insuficiência renal, acidentes vasculares e diabetes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo diário de 5g de sal por pessoa, ou 2g de sódio. No Brasil, esse consumo ultrapassa o dobro recomendado. Já com o açúcar, apenas 10% do total de calorias consumidas diariamente devem ser provenientes deste item. Com gorduras, o ideal é que se prefira o consumo de fontes mais saudáveis e naturais, e também em quantidades moderadas.
Se os brasileiros tendem a salgar ou adoçar ainda mais seus alimentos quando no prato, a conscientização dos malefícios dessa prática, bem como o esforço da indústria em diminuir estes números, se mostram táticas adequadas, contando ainda com a regulamentação e metas sugeridas por entidades e pelo governo.
Em 2014, o Ministério da Saúde lançou o novo Guia Alimentar para a População Brasileira, fornecendo bases para a promoção de uma alimentação mais saudável, balanceada e prevenindo doenças. Uma iniciativa fundamental foi a renovação do termo de compromisso, em 2010, entre o MInistério da Saúde e as associações representativas do setor produtivo para, entre outros objetivos, realizar a redução das quantidades de açúcar, gorduras e sódio nos alimentos processados.
A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), dentro do Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério da Saúde, anunciou a retirada de 17.254 toneladas de sódio dos alimentos industrializados em 2017, com a meta de chegar a 28,5 mil toneladas até 2020. O Plano de Redução de açúcar deve seguir um formato semelhante ao do sódio e já está sendo desenvolvida.
Os movimentos da própria indústria para reduzir as quantidades de sal e açúcar nos alimentos nos últimos anos, também demonstram essa tendência. Em 2016, por exemplo, a BRF lançou 51 itens com teor de sódio 30% menor. A Coca-Cola, por sua vez, previu aumentar em 2018 em 50% a distribuição das versões de seu principal refrigerante com teor reduzido de açúcar.
A mudança de hábitos está tanto nas mãos da indústria, que vem tomando providências para essas melhorias, quanto do consumidor, agora mais consciente da importância de uma alimentação equilibrada. Ou seja, o segredo de uma boa alimentação para garantir a saúde é a moderação.