A PepsiCo revisou para baixo suas principais metas ambientais relacionadas ao uso e descarte de plásticos. A nova estratégia reduz o ritmo da transição para soluções mais sustentáveis nas embalagens da companhia. Entre as mudanças, está a meta de redução do uso de plástico virgem: antes prevista em 20%, agora passa a ser de apenas 2% ao ano até 2030.
Outro recuo significativo é no uso de material reciclado. A promessa anterior era de atingir 50% de conteúdo reciclado nas embalagens plásticas até 2030. Agora, a nova previsão é de 40% até 2035. Já a meta de desenvolver 100% das embalagens em formatos recicláveis, compostáveis, biodegradáveis ou reutilizáveis até 2025 foi adiada — o novo objetivo é alcançar 97% ou mais até 2030.
Segundo comunicado oficial, a empresa afirma que continuará investindo no aprimoramento do ciclo de vida das embalagens, com foco em mercados estratégicos e na redução do plástico virgem. No entanto, a meta de reutilização foi descontinuada, embora a companhia mantenha ações pontuais nesse campo como parte do compromisso com embalagens reutilizáveis e recicláveis.
As novas metas geraram críticas de organizações ambientais. O Greenpeace, por exemplo, expressou preocupação com o impacto negativo dessas mudanças. Lisa Ramsden, ativista da organização nos EUA, alertou que a decisão da PepsiCo reforça a crise dos plásticos descartáveis e destaca a necessidade urgente de um Tratado Global do Plástico, que imponha limites à produção e promova soluções duradouras.
As revisões da PepsiCo refletem os desafios enfrentados por grandes empresas no equilíbrio entre metas ambientais ambiciosas e viabilidade operacional — mas também reforçam a importância de ações regulatórias e da cobrança por parte da sociedade civil para avanços reais na redução da poluição plástica.
Fonte: Embalagem Marca