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Creatina: muito além dos músculos

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Você provavelmente já ouviu falar da creatina como o suplemento queridinho de quem treina pesado e quer ganhar músculos. Mas o que muita gente ainda não sabe é que os benefícios dessa substância vão muito além da academia. A creatina é produzida naturalmente pelo nosso corpo, mas nem sempre em quantidades suficientes. É por isso que o consumo por meio da alimentação (como carnes e peixes) ou de suplementos pode fazer diferença – e não apenas para atletas.

Pesquisas recentes vêm mostrando que a creatina pode melhorar o desempenho do cérebro, principalmente em situações de cansaço extremo, como uma noite mal dormida. Em um estudo, participantes que consumiram creatina reagiram mais rápido e apresentaram melhor memória de curto prazo. A hipótese é que, sob estresse, nossos neurônios precisam de mais energia, e é aí que a creatina entra em ação como uma reserva extra. Ainda que os resultados sejam promissores, os cientistas destacam que novas pesquisas são necessárias, com doses mais baixas e seguras.

Além disso, a creatina pode ajudar em condições clínicas variadas. Já foram observadas melhoras em sintomas de depressão, efeitos positivos em pacientes com covid longa e até uma possível relação com a redução do risco de certos tipos de câncer. Isso acontece porque a creatina está envolvida na produção de energia no cérebro, influenciando o equilíbrio de neurotransmissores e fortalecendo o funcionamento celular em momentos de estresse físico e mental.

O interesse da ciência também se voltou para o papel da creatina ao longo da vida. Pesquisadores investigam sua influência desde a concepção até a terceira idade. Há estudos que relacionam a substância ao desenvolvimento fetal saudável, especialmente em casos de parto complicado ou pré-eclâmpsia. Já em idosos, a creatina pode ser uma aliada no combate à sarcopenia, condição que leva à perda de massa e força muscular com o envelhecimento.

Apesar de todos esses potenciais, o uso de suplementos de creatina precisa ser feito com cautela. Pessoas com problemas renais ou hepáticos devem evitá-los, e efeitos colaterais como náuseas e retenção de líquidos podem ocorrer. Ainda não há uma recomendação oficial sobre a ingestão diária ideal, mas muitos especialistas acreditam que a creatina deveria ser considerada um nutriente semiessencial. Fato é que a pesquisa sobre esse composto está apenas começando – e promete revelar ainda mais impactos positivos para nossa saúde no futuro.


Leia a matéria completa da BBC

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