Em pleno Ano da Economia Circular, a inovação juvenil está ganhando destaque com propostas que unem ciência, tecnologia e sustentabilidade. Um exemplo inspirador vem do projeto Ecoplasf, desenvolvido pelas estudantes Laura de Paula Rosa, Maria Eduarda Wunder de Oliveira e Vitória Simão Vernizi, sob a orientação da professora Amanda de Souza Maloste, do Colégio SESI Boqueirão (Curitiba–PR).
O projeto conquistou o 1º lugar no Prêmio Por um Mundo Sem Lixo Internacional, durante a FEBRACE 2025 – a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, um dos maiores eventos de incentivo à pesquisa científica no Brasil.
De resíduos a pavimentos ecológicos
A proposta do Ecoplasf é simples, mas revolucionária: reutilizar resíduos de difícil decomposição, como plásticos, isopor e vidro, para criar uma massa de preenchimento de buracos no asfalto e pavers sustentáveis para pavimentação.
O processo envolve:
- Trituração dos resíduos;
- Mistura com um ligante de origem natural e fibras especiais;
- Impermeabilização com poliestireno expandido dissolvido em solvente orgânico atóxico.
Essa composição inovadora foi submetida a ensaios de compressão e testes práticos, demonstrando excelente desempenho. O objetivo é reduzir o impacto ambiental causado por resíduos que, quando descartados de forma inadequada, podem levar mais de 150 anos para se decompor, prejudicando aterros sanitários, vias urbanas e ecossistemas aquáticos.
Solução para problemas urbanos
Além de dar um novo destino aos resíduos, o Ecoplasf também enfrenta um desafio urbano urgente: a precariedade da infraestrutura viária. Buracos e falhas no asfalto colocam em risco a segurança e a mobilidade da população. Ao oferecer uma alternativa sustentável e de alta durabilidade, o projeto contribui diretamente para a melhoria das cidades.
Um exemplo de Economia Circular na prática
O sucesso do Ecoplasf é a prova de que a Economia Circular é um caminho viável e necessário para o futuro. Transformar lixo em matéria-prima para novas aplicações mostra como é possível gerar inovação com impacto social e ambiental positivo.
A premiação na FEBRACE e o reconhecimento no Prêmio Por um Mundo Sem Lixo reforçam a importância de incentivar a educação ambiental e científica entre os jovens, valorizando ideias que aproximam a teoria da prática e que podem mudar o mundo.
Fonte: Movimento Circular / FEBRACE
Imagem: Reprodução – @ecoplasf