Na terça-feira, 14 de janeiro, o governo canadense aprovou a aquisição da Viterra pela Bunge por US$ 8,2 bilhões, após as empresas concordarem com medidas para solucionar questões antitruste. Como parte das condições acordadas, a Bunge comprometeu-se a vender seis elevadores de grãos localizados no oeste canadense e a adotar restrições rigorosas sobre sua participação na G3 Global Holdings.
Em abril de 2024, o órgão antitruste do Canadá havia alertado que a transação poderia prejudicar a concorrência no setor de grãos e oleaginosas. No entanto, a ministra dos Transportes, Anita Anand, responsável pela decisão final sobre o negócio, afirmou que os termos acordados entre as empresas garantirão benefícios econômicos para o Canadá e preservarão a concorrência no mercado.
A Bunge detém uma participação de 25% na G3, uma joint venture que inclui investidores da Arábia Saudita e um grupo de agricultores do oeste canadense. A G3, que opera 20 elevadores de grãos no Canadá, também possui instalações em portos da província de British Columbia, na costa do Pacífico. As novas condições impõem limitações à influência da Bunge nas decisões de preços e investimentos da G3, além de garantir que a Bunge manterá o controle sobre a sede da Viterra em Saskatchewan.
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Bunge e Viterra são parceiras estratégicas para produtores agrícolas globalmente, comprando e comercializando grãos e oleaginosas, além de processá-los em óleo vegetal, combustível e ração animal. Ambas as empresas possuem uma ampla rede de instalações no Canadá, incluindo elevadores de grãos e unidades de esmagamento de oleaginosas.
Texto adaptado para o Portal Foodbiz a partir de informações publicadas por Estadão Conteúdo.