O Brasil conquistou mais uma importante abertura de mercado para seus produtos agropecuários. Desta vez, o destino é o Marrocos, que autorizou a importação de carne bovina e miúdos provenientes do Brasil. A informação foi divulgada por meio de nota conjunta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
A autorização ocorreu após a aprovação, pelas autoridades sanitárias marroquinas, do Certificado Sanitário Internacional (CSI), documento que regulamenta a exportação da proteína animal. Essa medida representa mais do que uma expansão comercial: ela reforça a confiança internacional no sistema de controle sanitário brasileiro.
Segundo os ministérios, o Marrocos, com população superior a 37 milhões de habitantes, desponta como um mercado estratégico e promissor para o agronegócio brasileiro. A abertura sinaliza um novo ciclo de oportunidades para produtores nacionais que buscam diversificar destinos e firmar parcerias comerciais sustentáveis.
Em 2023, o país africano importou cerca de US$ 43 milhões em produtos cárneos, tendo o Brasil como seu segundo principal fornecedor. No total, as exportações agropecuárias brasileiras para o Marrocos somaram US$ 1,36 bilhão no mesmo ano, com destaque para produtos do complexo sucroenergético, cereais, farinhas, animais vivos e café.
Com essa nova conquista, o Brasil já acumula 46 aberturas de mercado para produtos agropecuários apenas em 2024, um reflexo do esforço contínuo das autoridades brasileiras na ampliação da presença internacional do setor.
Produção nacional em alta
Esse avanço nas exportações ocorre em um cenário de recorde na produção bovina nacional. Em 2024, o país abateu 39,27 milhões de cabeças de gado sob inspeção sanitária, um crescimento de 15,2% em comparação com o ano anterior. Os dados são das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgadas pelo IBGE.
O crescimento da atividade foi acompanhado por um volume histórico de exportações de carne bovina in natura, que atingiram 2,55 milhões de toneladas — o maior já registrado pela série da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Esse desempenho positivo foi impulsionado por aumentos no abate em 26 das 27 unidades da federação, sinalizando a força e a capilaridade da cadeia produtiva brasileira.
Com informações de Estadão Conteúdo (Isadora Duarte)