O St Marche, rede de supermercados premium, está em processo de reestruturação de sua dívida com credores, que totaliza cerca de R$ 314 milhões, conforme indicam as últimas demonstrações financeiras disponíveis, de 2023. Para isso, a empresa tem contado com o auxílio de assessores especializados e está tentando viabilizar uma reestruturação extrajudicial, sem recorrer ao sistema judicial.
Entre os principais credores da rede, encontra-se o BTG Pactual, um dos principais bancos de investimentos do país. Além disso, o St Marche é controlado pela L Catterton, uma empresa de private equity que, segundo fontes do setor, está buscando vender sua participação no negócio. A situação financeira da rede se agravou nos últimos dois anos, com a empresa registrando um prejuízo de R$ 62 milhões em 2023, após já ter perdido mais de R$ 66 milhões em 2022.
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O desempenho financeiro da rede pode ser explicado, em parte, pelas condições econômicas desafiadoras enfrentadas pelo Brasil nos últimos meses, incluindo altas taxas de juros e uma inflação persistente. Esse cenário tem afetado negativamente o setor de varejo como um todo, e o St Marche não tem sido uma exceção. De acordo com previsões do Banco Central, a inflação anual continuará acima da meta de 3% nos próximos meses, o que deve levar a uma manutenção da política monetária apertada, com altas taxas de juros.
Essa reestruturação é um passo importante para garantir a sobrevivência e recuperação financeira da rede de supermercados, mas o mercado continua observando atentamente os desdobramentos desse processo. A expectativa é que a rede consiga se recuperar e, eventualmente, retomar o crescimento, se conseguir ajustar sua operação diante dos desafios econômicos.
