As ações da Fevertree Drinks dispararam quase 24% após a gigante da cerveja Molson Coors adquirir uma participação de 8,5% na empresa britânica. O acordo, avaliado em US$ 88 milhões, concede à Molson Coors os direitos exclusivos de comercializar os mixers de coquetéis e a água tônica da Fevertree nos Estados Unidos.
Este movimento ocorre pouco tempo após a Carlsberg anunciar a compra da fabricante britânica de refrigerantes Britvic por US$ 4,2 bilhões, com o objetivo de criar uma potência no setor de bebidas do Reino Unido. A Fevertree, que já gera mais de um terço de sua receita nos Estados Unidos, projeta crescimento modesto para 2025, com uma previsão de expansão de dois dígitos em 2026 e um aumento contínuo na receita de médio prazo.
Analistas do Jefferies consideraram o acordo um marco para o potencial de lucro da Fevertree, destacando que 2025 será um ano de transição, mas que o acordo deve fortalecer significativamente a posição da empresa no mercado global.
Enquanto isso, as ações da Molson Coors tiveram um pequeno aumento de 0,5% no pregão pré-mercado, refletindo a confiança do mercado na parceria estratégica. A empresa, que tem enfrentado desafios com volumes em queda nos Estados Unidos, está ampliando seus horizontes ao buscar diversificação além das bebidas alcoólicas. Recentemente, anunciou a compra de uma participação majoritária na ZOA Energy, uma marca de bebidas cofundada pelo ator Dwayne “The Rock” Johnson.
A Fevertree, especializada em mixers de coquetéis, água tônica, ginger beers e refrigerantes aromatizados, registrou crescimento de 12% na receita nos Estados Unidos em 2024, em termos de moeda constante. Analistas da Peel Hunt também destacaram a parceria como uma excelente oportunidade para a Fevertree expandir sua presença no mercado norte-americano, aproveitando a infraestrutura de produção e distribuição da Molson Coors.
A Fevertree, que tem seu nome inspirado na árvore cuja casca é utilizada na produção de um ingrediente essencial da água tônica, informou que usará os recursos obtidos com a venda da participação para um programa de recompra de ações, devolvendo o valor aos seus acionistas.
Essa adaptação foi inspirada na matéria original publicada pelo Yahoo Finance
