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Nestlé anuncia retirada gradual do Nutri-Score de marcas na Suíça

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A Nestlé vai eliminar progressivamente o rótulo Nutri-Score das suas marcas locais suíças, com um cronograma que vai de meados de 2025 até o final de 2026. A decisão afeta marcas conhecidas no mercado suíço como Cailler e Chokito (confeitaria), Incarom, Henniez, Nestea e Romanette (bebidas), além da Leisi, especializada em produtos de pastelaria, conforme reportado pela FoodNavigator.

A multinacional, cuja sede está localizada na Suíça, justificou a medida pela baixa adesão ao sistema Nutri-Score no país. De acordo com a Nestlé, suas marcas são frequentemente as únicas a utilizar essa rotulagem, o que motivou a reavaliação da estratégia.

Embora o Nutri-Score deixe de ser usado nas marcas locais, as marcas internacionais da empresa, que atuam em diversos mercados, incluindo a própria Suíça, continuarão a exibir a classificação nutricional. A retirada será feita de forma gradual, marca a marca, até que todos os rótulos sejam removidos até o final de 2026. No lugar do Nutri-Score, as embalagens passarão a contar com um código QR, direcionando os consumidores a informações detalhadas sobre ingredientes e valores nutricionais.

O cenário do Nutri-Score na Europa

A decisão da Nestlé ocorre poucos meses após a Danone também ter optado por retirar o Nutri-Score de seus produtos lácteos e bebidas à base de plantas. Assim, dois dos maiores players do setor de alimentos decidiram, em menos de um ano, abandonar o rótulo em algumas de suas marcas.

Outras empresas também seguiram esse caminho. Na França, marcas como Bjorg, Cristaline e Kispolls já removeram o Nutri-Score de seus produtos. Na Suíça, a rede de varejo Migros e a fabricante de laticínios Emmi também optaram pela retirada.

Apesar do movimento semelhante, os motivos de Danone e Nestlé divergem. Enquanto a Nestlé se mostra insatisfeita com a baixa aceitação do sistema no mercado suíço, a Danone criticou mudanças recentes no algoritmo do Nutri-Score, que passaram a classificar laticínios bebíveis e alternativas vegetais como bebidas, e não mais como alimentos.

O debate em torno do Nutri-Score segue em evolução na Europa, com diferentes posicionamentos entre indústrias e mercados, refletindo a complexidade da comunicação nutricional e a diversidade de padrões de consumo no continente.


Fonte: Grande Consumo

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