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Reino Unido adia proibição de publicidade de ultraprocessados

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O governo do Reino Unido anunciou o adiamento da proibição de publicidade de produtos alimentícios com alto teor de gordura, sal e açúcar (HFSS) para janeiro de 2026. A medida, que visa reduzir a exposição a alimentos ultraprocessados e combater a obesidade infantil, estava inicialmente prevista para entrar em vigor em outubro de 2025.

Entre as mudanças previstas, destaca-se a restrição de anúncios desses produtos antes das 21h na televisão e a proibição completa da publicidade paga online, em qualquer horário. A iniciativa pretende limitar a promoção de itens considerados “menos saudáveis”, como refrigerantes, doces, cereais matinais e salgadinhos, contribuindo para a prevenção de doenças relacionadas à alimentação ao longo da vida.

A decisão de postergar a entrada em vigor ocorre após sucessivos adiamentos desde o governo anterior — inicialmente para janeiro de 2024 e, posteriormente, para outubro de 2025. Agora, a nova data oficial é 5 de janeiro de 2026.

Como parte do processo de implementação, o governo britânico também se comprometeu a introduzir um instrumento legal que irá isentar explicitamente as campanhas de publicidade institucional de marca das restrições. A medida busca oferecer maior clareza às empresas do setor, preocupadas com os possíveis impactos nas suas estratégias de comunicação.

Apesar do novo prazo, diversas organizações importantes já manifestaram seu compromisso em seguir as futuras normas desde a data inicialmente prevista. Entre elas, destacam-se veículos de comunicação como ITV e Channel 4, além de entidades representativas como a Advertising Association e o British Retail Consortium.

De acordo com representantes do governo, o objetivo central das restrições é proteger a saúde das crianças, reduzindo a exposição à publicidade de produtos ultraprocessados. Estima-se que a medida poderá eliminar até 7,2 bilhões de calorias anuais da dieta infantil no país.

Com a aproximação da vigência da proibição, cresce a expectativa de que fabricantes busquem reformular seus produtos, reduzindo os níveis de gordura, açúcar e sal. Esse movimento segue uma tendência já observada com a introdução do imposto sobre o açúcar, que estimulou ajustes importantes na composição de alimentos e bebidas nos últimos anos.

O Reino Unido reforça, assim, seu compromisso com políticas públicas que promovam hábitos alimentares mais saudáveis e sustentáveis, mirando a construção de uma geração de crianças mais saudável e preparada para o futuro.


Fonte: Food Bev

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