A carne de frango é a proteína mais consumida pelos brasileiros, que buscam alimentos saudáveis, acessíveis e de qualidade. Essa preferência tem respaldo no rigoroso sistema de inspeção sanitária brasileiro, conduzido por auditores fiscais federais agropecuários em cerca de 135 abatedouros de aves com Serviço de Inspeção Federal (SIF) no país. O trabalho começa antes mesmo do abate, com a avaliação de saúde das aves. Neste Dia do Frango, celebrado em 10 de maio, os profissionais da carreira compartilham os cuidados que devem ser tomados na hora da compra do produto.
Em 2024, as exportações brasileiras de carne de frango bateram recorde, com 5,294 milhões de toneladas embarcadas, um crescimento de 3% em relação ao ano anterior. No primeiro quadrimestre de 2025, o país já exportou 1,86 milhão de toneladas – alta de 9,5% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Entre os principais destinos estão China, Emirados Árabes Unidos, Japão, União Europeia e México.
Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), o frango lidera o consumo de carnes no país, superando a bovina e a suína, graças ao seu perfil magro, saudável, acessível e altamente nutritivo. A presença dos servidores públicos é indispensável em toda a cadeia produtiva da avicultura, desde a granja até as prateleiras dos supermercados.
“Quando as aves chegam ao estabelecimento, avaliamos a documentação e realizamos a inspeção ante mortem clínica, ou seja, avaliamos amostras vivas de todos os lotes recebidos”, explica o secretário-geral do Anffa em Santa Catarina, o auditor fiscal federal agropecuário, Michel Milcent Assis.
Após essa triagem inicial, as aves liberadas seguem para o abate e, obrigatoriamente, 100% dos animais passam pelas linhas de inspeção posteriores, que também são supervisionadas pelos auditores fiscais federais agropecuários.
“Dentro do frigorífico, fazemos a inspeção post-mortem com três barreiras de controle: a pré-inspeção; as linhas de inspeção, que incluem exame interno das carcaças, de vísceras e exame externo; e, por fim, o Departamento de Inspeção Final (DIF), onde são avaliadas carcaças e vísceras que foram retiradas da linha de abate por suspeita de alguma lesão”, detalha o profissional.
Além das inspeções, os auditores fiscais federais agropecuários auditam os Programas de Autocontrole das empresas, que abrangem diversas áreas, como higiene, bem-estar animal, rastreabilidade e controle de resíduos. Essa atuação garante não só a segurança dos alimentos da população brasileira, mas também a confiança dos mercados internacionais.
Dicas para escolher frango de qualidade no mercado
A inspeção oficial garante segurança ao produto, mas o consumidor também pode tomar alguns cuidados simples na hora da compra:
- Procure o selo de inspeção municipal, estadual ou federal na embalagem – ele é garantia de que o frango foi inspecionado por um auditor fiscal federal agropecuário.
- Observe a cor da carne: deve ser rosada e homogênea, sem manchas escuras.
- Evite embalagens com acúmulo de líquido ou com gelo solto (sinal de descongelamento e recongelamento).
- Atente-se à data de validade e às condições de armazenamento (refrigeração ou congelamento adequados).
“A atuação dos auditores fiscais federais agropecuários é um dos pilares que sustentam a confiança do consumidor e dos mercados internacionais na carne de frango brasileira. Somos responsáveis por assegurar que o alimento chegue à mesa da população com qualidade, segurança e dentro dos mais altos padrões sanitários exigidos no mundo. É uma carreira estratégica para a saúde pública, a economia e a soberania alimentar do país”, afirma o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo.
Neste Dia do Frango, o Anffa Sindical reforça que por trás de cada ave inspecionada há um trabalho criterioso que garante a saúde pública, a competitividade da agroindústria nacional e o acesso da população a uma proteína segura e de qualidade.
