O empresário Eike Batista acaba de dar um passo significativo para viabilizar sua aposta na ‘super cana’, uma variedade de cana-de-açúcar que pode produzir três vezes mais etanol e doze vezes mais biomassa do que a tradicional. A iniciativa recebeu um aporte de US$ 500 milhões de um fundo de infraestrutura estruturado por Mário Garnero, com participação do Abu Dhabi Investment Group (ADIG).
Segundo a matéria publicada pelo Brazil Journal, os recursos serão utilizados para estruturar o primeiro módulo do projeto, com 70 mil hectares de terra ao redor do Porto do Açu, no Rio de Janeiro. Quando estiver totalmente operacional, esse módulo terá capacidade para gerar 1 bilhão de litros de etanol por ano e 1 milhão de toneladas de biomassa.
O plano de expansão inclui um segundo módulo no Brasil e uma planta na Flórida, voltada para o beneficiamento da biomassa. Para viabilizar esse crescimento, Eike pretende lançar um token chamado $EIKE, que busca captar US$ 100 milhões com investidores nos Estados Unidos. Os detentores do token terão direito a 10% dos lucros futuros do projeto.
Além da produção de etanol, a ‘super cana’ tem aplicações estratégicas para a transição energética, como a fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF) e a substituição do plástico por embalagens biodegradáveis feitas a partir do bagaço da cana.
Eike destaca que a variedade foi desenvolvida por dois brasileiros, Luis Carlos Rubio e Sizuo Matsuoka, ao longo de mais de duas décadas. A tecnologia teve origem nos estudos da CanaVialis, empresa adquirida pela Monsanto em 2008 e posteriormente descontinuada. Agora, com apoio financeiro e um novo modelo de negócios, a ‘super cana’ pode estar mais próxima de transformar o agronegócio brasileiro e global.
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