O mercado de alimentos plant-based no Brasil está a caminho de ultrapassar 1 bilhão de reais em vendas no varejo, impulsionado não apenas por veganos e vegetarianos, mas também por consumidores interessados em opções funcionais, com digestão mais leve e fórmulas com poucos ingredientes. Apesar do avanço, o setor ainda enfrenta desafios como o alto custo e o acesso limitado aos produtos.
É nesse cenário que a VidaVeg, empresa mineira com quase dez anos de trajetória, decidiu ampliar seu portfólio e ocupar novos espaços: das gôndolas de supermercados às prateleiras de farmácias.
A matéria da Exame destaca que, além de queijos e iogurtes vegetais refrigerados, a empresa lançou leites vegetais, shakes infantis multivitamínicos e uma nova proteína culinária com tecnologia de extrusão úmida — que gera uma fibra rica em proteína e com sabor neutro.
A expansão inclui ainda canais pouco explorados, como marketplaces digitais e redes farmacêuticas. Um dos destaques é o shake infantil, que deve chegar a 20 mil pontos de venda.
Com fábrica própria em Lavras (MG) e capacidade para produzir até 1.000 toneladas mensais, a VidaVeg opera atualmente com cerca de 280 toneladas. A meta para 2025 é faturar 100 milhões de reais — e triplicar esse valor até 2028.
“Não queremos substituir alimentos, mas oferecer soluções que todo mundo pode consumir”, afirma Álvaro Gazolla, fundador da empresa, na entrevista à Exame. “Estamos prontos para crescer e ampliar o acesso ao plant-based no Brasil.”
De Minas para o Brasil: uma trajetória com inovação
Engenheiro de alimentos com ampla experiência no setor lácteo, Gazolla foi sócio da Verde Campo, vendida à Coca-Cola em 2016. Ao lado de Anderson Rodrigues, vegano e especialista em consumo consciente, fundou a VidaVeg no mesmo ano.
Após estudar tendências globais na Califórnia, Gazolla voltou ao Brasil com foco em impacto ambiental, saúde e sabor — pilares que definem o posicionamento da marca.
Hoje, a empresa aposta em inovação, portfólio diversificado e controle de produção como diferenciais. Os produtos secos ampliam a penetração da marca ao reduzir dependência da cadeia de frio, o que facilita a entrada em hotéis, food service e varejo digital.
Crescimento acelerado e metas ousadas
A VidaVeg cresceu 124% em 2022 e 95% em 2023, e espera fechar 2025 com crescimento de 33% — ritmo ainda expressivo, considerando a base ampliada. A linha de bebidas vegetais, que inclui leite de aveia, coco e amêndoas, já cresceu 60% desde o início do ano.
Outro destaque é a nova proteína culinária de extrusão úmida, com 60g de proteína por pacote e textura semelhante à do frango, mas sem sabor residual — ideal para diversas receitas.
A ambição da marca, segundo a Exame, é clara: liderar o segmento plant-based no Brasil. E, como reforça Gazolla, “entregamos sabor e funcionalidade com uma receita limpa. Agora é escalar”.
📌 Matéria da Exame