A Ajinomoto do Brasil foi selecionada como uma das empresas parceiras do programa nacional de recuperação de pastagens degradadas — uma iniciativa fruto da cooperação bilateral entre os governos do Brasil e do Japão, voltada à promoção de práticas agrícolas sustentáveis.
A empresa atuará na fase inicial de estudos do programa, fornecendo bioestimulantes e fertilizantes produzidos localmente, que serão aplicados em áreas experimentais para avaliação de sua eficácia na regeneração do solo.
Uma parceria estratégica pela sustentabilidade
O programa integra a Parceria Japão-Brasil para o Desenvolvimento Sustentável da Agricultura, firmada em maio de 2024, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão. Já em março de 2025, a cooperação foi formalizada por meio da assinatura de uma Carta de Intenções entre os dois países.
O Japão anunciou um aporte inicial de US$ 300 milhões para o projeto, com expectativa de expandir os investimentos para até US$ 1 bilhão.
Estudos em fazenda modelo e uso de bioinsumos
Durante o período de abril de 2025 a março de 2026, os bioestimulantes líquidos fornecidos pela Ajinomoto — como o AJIFOL® e o AMINO Arginine — serão utilizados em cultivos de soja, milho e pastagens em uma fazenda modelo no Brasil. Os produtos são desenvolvidos a partir de coprodutos da fabricação do realçador de sabor AJI-NO-MOTO®, cuja base é a cana-de-açúcar.
O objetivo central dos estudos é comprovar o potencial dos bioinsumos na recuperação da fertilidade do solo, no fortalecimento das plantas e na melhoria do rendimento agrícola — tudo isso com foco na sustentabilidade e na eficiência dos sistemas produtivos.
Economia circular e inovação no campo
A participação da Ajinomoto no projeto se alinha ao seu modelo produtivo baseado em economia circular. Os bioestimulantes fazem parte do Biociclo, um processo no qual resíduos industriais são reaproveitados para estimular o crescimento da cana-de-açúcar, promovendo um retorno sustentável ao campo.
Esse compromisso com a circularidade e a inovação foi um dos diferenciais que contribuíram para a escolha da empresa como parceira técnica no programa.
Atualmente, cerca de 40% dos fertilizantes produzidos pela Ajinomoto do Brasil são direcionados à fruticultura — como uvas, mangas e bananas — além de atender culturas de grãos, café, eucalipto e pastagens. A companhia conta com quatro unidades industriais no estado de São Paulo.
Combate à degradação e fortalecimento da agricultura regenerativa
A degradação de solos tem sido um dos principais desafios do setor agropecuário brasileiro, agravada por práticas de manejo inadequadas e pelo esgotamento de nutrientes. O programa bilateral Brasil-Japão busca enfrentar esse cenário com soluções de agricultura regenerativa, baixa emissão de carbono e suporte tecnológico.
Além do suporte técnico, o governo japonês contribuirá com recursos para aquisição de materiais, equipamentos e infraestrutura necessários à realização dos estudos.
A participação da Ajinomoto do Brasil se dá no âmbito da Japan-Brazil Green Partnership Initiative (GPI), aliança que visa promover sistemas agrícolas mais resilientes e sustentáveis no longo prazo.
Essa adaptação foi inspirada na matéria original publicada pelo portal Agrofy News
