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Amaggi se torna pioneira ao ter metas de redução de emissões de GEE

Reprodução Site

A Amaggi, uma das maiores empresas do agronegócio brasileiro, com sede em Cuiabá (MT), alcançou um feito histórico ao ser a primeira produtora e trader de grãos e fibras do país a ter três metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) aprovadas pela Science Based Targets Initiative (SBTi). A informação foi divulgada na semana passada e reforça o compromisso da companhia com a sustentabilidade e a descarbonização do setor agrícola.

Em entrevista à Forbes Agro, Juliana Lopes, diretora de ESG, Comunicação e Compliance da Amaggi, destacou a importância de o setor agrícola brasileiro adotar compromissos claros e cientificamente validados para garantir a eficácia das metas de redução de emissões. Segundo ela, esse compromisso é fundamental para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Comandada pelos sucessores de André Maggi, incluindo o ex-governador de Mato Grosso Blairo Maggi, a Amaggi comercializa cerca de 20 milhões de toneladas de grãos e fibras ao redor do mundo. Além disso, a empresa é responsável pela produção de mais de 1,5 milhão de toneladas de soja, algodão e milho em suas fazendas. Com uma receita estimada próxima de R$ 50 bilhões, a companhia está entre as 10 principais do ranking Forbes Agro100, que lista as maiores e mais influentes empresas do setor no Brasil.

A SBTi é uma iniciativa global que orienta empresas a definir metas de redução de emissões alinhadas ao Acordo de Paris. No Brasil, a BRF também se destaca como a primeira agroindústria validada pela SBTi, ao lado de grandes corporações globais como Microsoft, Unilever e Walmart.

Metas para o futuro

A Amaggi estabeleceu um plano de ação com metas de curto e longo prazo para reduzir suas emissões. No curto prazo, a empresa pretende reduzir em 50,4% as emissões nos escopos 1 e 2, e em 30% no escopo 3 até 2032, com base no ano de 2022. Já no longo prazo, o objetivo é alcançar o Net Zero com uma redução de 90% das emissões até 2050.

Em termos de sustentabilidade, a companhia também delineou metas para a categoria FLAG (Floresta, Terra e Agricultura), visando a redução das emissões de escopo 1 e 3 em 17% até 2032 e em 72% até 2050. Atualmente, a Amaggi opera com cerca de 400 mil hectares plantados por safra.

Iniciativas de redução de emissões

Um dos maiores desafios da Amaggi é reduzir as emissões de escopo 3, que incluem as emissões associadas à soja comprada de terceiros. Para isso, a empresa lançou o programa Amaggi Regenera, uma certificação em agricultura regenerativa que busca melhorar a saúde do solo, aumentar a biodiversidade e disseminar práticas técnicas entre produtores rurais e agricultores familiares. A companhia também colabora com entidades de pesquisa como a Embrapa para monitorar os impactos e incentivar a adoção dessas práticas.

Outro passo importante para a redução de emissões é a transição para uma matriz energética mais limpa. A Amaggi implementou o programa B100, uma iniciativa pioneira que substitui o diesel convencional por biodiesel puro em caminhões, maquinários agrícolas e embarcações, o que pode reduzir em até 99% as emissões de CO₂ em comparação ao diesel convencional.

Compromisso com a preservação

Além das metas climáticas, a Amaggi assumiu o compromisso de garantir uma cadeia produtiva livre de desmatamento e conversão de vegetação nativa até 2025. A empresa também segue uma política de expansão agrícola restrita a áreas já abertas, contribuindo para a preservação ambiental e para a sustentabilidade de longo prazo.

Juliana Lopes destacou que a descarbonização é um desafio coletivo e que o setor de grãos e fibras precisa adotar metas claras para alcançar um agronegócio mais sustentável no Brasil e no mundo.

Para mais detalhes, leia a matéria original na Forbes Agro aqui.

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