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Coca-Cola investe em tecnologias para usar menos água

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Em um mundo onde a escassez hídrica já afeta cerca de 4 bilhões de pessoas pelo menos uma vez ao mês, a gestão eficiente da água se tornou uma prioridade urgente — inclusive para empresas cujo principal produto depende diretamente desse recurso. É o caso da Coca-Cola, que tem apostado fortemente em soluções tecnológicas para garantir a sustentabilidade de suas operações, como mostra uma matéria publicada pelo portal UOL, no canal Ecoa.

Menos água, mais eficiência

Segundo a reportagem, a Coca-Cola elegeu o tema da água como prioridade estratégica, investindo em tecnologias para reduzir o consumo em suas fábricas. Entre as soluções, destaca-se a adoção de um sistema de nanobolhas, que permite reduzir entre 17% e 40% o uso de água em processos industriais como a lavagem de esteiras e garrafas retornáveis.

A tecnologia atua dividindo bolhas de gás em milhares de partículas minúsculas, o que amplia o contato com superfícies e otimiza a limpeza com menos água. Hoje, as fábricas mais modernas da empresa no Brasil já operam com apenas 200 ml de água para cada litro de bebida envasada.

Retornáveis: solução com desafios

As embalagens retornáveis, embora importantes para a economia circular, também apresentam desafios no uso de recursos naturais. As garrafas PET, por exemplo, podem ser reutilizadas até 15 vezes, e as de vidro até 35. No entanto, a higienização exige grandes volumes de água e energia. A empresa busca compensar esse impacto com mais eficiência no processo e investimentos em tecnologias de limpeza.

Além disso, a Coca-Cola afirma que 98% das garrafas de vidro são retornadas e que 100% do alumínio já é reciclado. No caso do PET, mesmo que o reciclado custe até 50% mais que o virgem, a empresa continua apostando na reciclagem para cumprir seus compromissos de sustentabilidade.

Água devolvida à natureza

A atuação da empresa vai além da redução de consumo. Com foco em reposição hídrica, a Coca-Cola Brasil apoia iniciativas de conservação de bacias hidrográficas e reflorestamento. Um exemplo é o uso da tecnologia Kilimo, que emprega imagens de satélite para promover o uso eficiente da água na agricultura. Produtores parceiros podem economizar até 50% de água, recebendo créditos por isso.

Outra tecnologia apoiada pela empresa é a Suindara, que utiliza satélites para monitorar e prevenir incêndios florestais no Cerrado — região que abriga 8 das 12 principais bacias hidrográficas do Brasil. Com essa iniciativa, em 2023, o equivalente a 8 mil estádios de futebol deixou de ser devastado.

Como afirma Rodrigo Brito, diretor de Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil e Cone Sul:

“No fim, tudo termina no mesmo lugar: na água”.

📌 Fonte: reportagem original do portal UOL – Ecoa

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