Em busca de alternativas mais sustentáveis para substituir o isopor e o plástico, a engenheira de alimentos Carmem Torres Guedes, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), está apostando no potencial da macaúba, uma palmeira nativa do Brasil. Como mestranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Alimentos (PEG), Carmem está desenvolvendo dois tipos inovadores de embalagens a partir do fruto e da polpa da planta, unindo tecnologia e responsabilidade ambiental.
A primeira solução consiste em uma embalagem feita com a fibra do fruto da macaúba, projetada para substituir as tradicionais bandejas de isopor. Já a segunda proposta, utilizando a polpa da fruta, visa a criação de sacos biodegradáveis para substituir os plásticos de uso único. Além de contribuir para a redução de resíduos, essas alternativas também agregam valor à macaúba, planta que desempenha um papel crucial na recuperação de áreas degradadas no Brasil.
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O grande diferencial dessas embalagens é seu impacto ambiental positivo. Ao serem descartadas, elas se decompõem rapidamente e se transformam em adubo para as plantas, eliminando qualquer resíduo prejudicial ao meio ambiente. Além disso, o conceito de “embalagem ativa” faz com que essas soluções interajam com os alimentos, retardando reações de oxidação e prolongando a sua vida útil.
A pesquisa conta com o apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), que forneceu a matéria-prima utilizada nos estudos. O desenvolvimento ocorre no Laboratório de Desenvolvimento de Novos Produtos da UEM, vinculado ao PEG e ao Departamento de Engenharia de Alimentos (DAL). O estudo também está alinhado a seis dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), reforçando seu compromisso com a sustentabilidade.
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