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Nugali: menos plástico, mais sabor e sustentabilidade

divulgação

A famosa hierarquia dos “R” da sustentabilidade – repensar, recusar, reduzir e, só depois, reciclar – vem sendo aplicada na prática por empresas comprometidas com o futuro do planeta. Uma delas é a Nugali Chocolates, que desde 2020 tem empreendido uma verdadeira “caça ao plástico” nas suas operações. A fabricante brasileira reduziu em 84% o volume de resíduos de suas embalagens, mesmo com o crescimento das vendas.

Essa transformação começou com o mapeamento de todos os itens do portfólio da marca. Foram identificados os pontos críticos onde o plástico estava presente e, a partir daí, iniciou-se a busca por alternativas mais sustentáveis. Quarenta produtos passaram por reformulações — alguns exigiram um redesenho completo e outros deixaram de ser fabricados. Desde então, todos os novos lançamentos já nascem livres de plástico.

Entre os marcos dessa jornada está a criação da primeira embalagem biodegradável para chocolates do Brasil, que pode ser descartada junto ao lixo orgânico. Ela substitui o plástico metalizado, de difícil reciclagem e comum nas embalagens convencionais. Além disso, nas lojas da marca, as tradicionais sacolas plásticas foram substituídas por versões biodegradáveis à base de amido, evitando o descarte de quase uma tonelada de plástico por ano.

A Nugali também conquistou a certificação Lixo Zero: 99,9% dos resíduos gerados são reciclados ou compostados. A produção mais limpa trouxe reconhecimento: a empresa venceu o Prêmio Expressão Ecologia 2025, somando-se a outras conquistas como o Prêmio Nacional de Inovação (CNI, 2022) e o Prêmio Empresa Cidadã ESG (ADVB/SC, 2023).

Segundo Ivan Blumenschein, diretor de produção e sócio-fundador da empresa, “tiramos um volume expressivo de plásticos do meio ambiente num período em que nossas vendas cresceram, ano após ano. Acreditamos que a sustentabilidade pode ser um ativo para os negócios”.

Ivan e Maitê Lang, sua esposa, fundaram a Nugali em 2004 com a proposta de criar chocolates premium brasileiros do tipo bean-to-bar, ou seja, com controle total sobre todas as etapas de produção – da seleção das amêndoas de cacau até a embalagem do produto final.

Esse controle de ponta a ponta também garante a seleção criteriosa de fornecedores. A Nugali utiliza apenas ingredientes naturais, sem aditivos artificiais, e privilegia cacaus cultivados em sistemas agroflorestais. Esse tipo de cultivo conserva os biomas brasileiros, como a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica, promovendo uma alternativa mais sustentável ao uso do solo em comparação com a pecuária extensiva.

As parcerias com produtores da Bahia e do Pará, muitas vezes por meio de cooperativas familiares, garantem um comércio justo e valores superiores aos praticados nas bolsas de commodities. Esse relacionamento direto é uma das bases do modelo bean-to-bar.

O compromisso com a sustentabilidade se estende também ao destino dos resíduos orgânicos. As sobras da produção são compostadas e utilizadas como adubo nas plantas da fábrica. Já as cascas de cacau, que antes eram descartadas, viraram um novo produto. Ricas em nutrientes, podem ser utilizadas na jardinagem como cobertura para vasos e canteiros, ajudando na retenção de umidade e evitando ervas daninhas — com o bônus de um leve perfume de chocolate.

A Nugali também investe em infraestrutura sustentável. A fábrica é alimentada por energia solar e utiliza cerca de 30 mil litros por mês de água de chuva captada, usada na irrigação e limpeza externa. Além disso, promove logística reversa, compensando 100% do peso das embalagens colocadas no mercado.

Instalada na Rota do Enxaimel, em uma área tombada pelo IPHAN, a fábrica respeita as tradições culturais locais, com construções que seguem a técnica enxaimel. Visitantes podem conhecer todo esse processo de perto no Tour Nugali, que inclui uma estufa de cacau construída segundo os padrões históricos da região.

A atuação da Nugali é um exemplo de como a indústria alimentícia pode ser parte ativa na construção de um futuro mais sustentável — unindo sabor, inovação e responsabilidade ambiental.


Fonte: CicloVivo

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