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Foodservice no Metaverso: Juntando a fome com a vontade de comer

O que antes parecia apenas uma ficção de cinema, aos poucos está ganhando forma no mundo corporativo. Com um pouco de visão de futuro e um tanto de criatividade, o Metaverso está se consolidando como uma importante estratégia de marketing e vendas para muitas empresas, inclusive no foodservice.

Se há alguns anos atrás, o foco era promover uma transformação digital, hoje o desafio é encontrar estratégias que viabilizem uma atuação um pouco mais imersiva neste universo. E, apesar desse tipo de experiência ser um tanto inusitada e atraente, ela pode causar certa resistência para um público mais conservador, por esse motivo, é importante estar atento em como levar essa experiência para os novos consumidores e ampliar a atuação de empresas do setor de alimentos e bebidas.

A ideia de ter um Metaverso e criar experiências gastronômicas pode ser um tanto desafiadora, mas, como promover os cinco sentidos no ambiente virtual? É possível que o cliente online tenha a mesma experiência daquele que vai até o estabelecimento comercial?

Continue lendo esse artigo para compreender como o Metaverso poderá movimentar o foodservice!

O que é o Metaverso?

A expressão “Metaverso” apareceu pela primeira vez, em 1992, no livro Show Crash, de Neal Stephenson. O romance com quase 500 páginas prevê o Metaverso como um sucessor da internet. A história apresenta um universo em que as pessoas se relacionam através de avatares digitais

O termo acabou ganhando destaque após a mudança do nome da rede social Facebook para Meta: em seu anúncio sobre a mudança, Mark Zuckerberg explicou que o reposicionamento da marca foi planejado para que a empresa pudesse se aproximar dos seus objetivos no futuro, que é o de desenvolver  um mundo virtual próprio. 

Após esse anúncio, muitas empresas usaram essa mudança como uma referência para ampliarem as suas atuações no mundo digital. Além de investirem em ações de divulgação online, algumas foram além e investiram em tecnologias como: realidade virtual, realidade aumentada ou hologramas e jogos em 3D que favorecem uma experiência mais interativa. 

Como as aplicações do Metaverso podem favorecer o foodservice?

Apesar de ainda não ser possível proporcionar uma sinestesia relacionada ao consumo de alimentos e bebidas, já existem empresas e marcas investindo em uma experiência que promova uma grande interação entre o presencial e o digital no Metaverso.

O que acontece, na maioria das vezes, é que o Metaverso permite simulações de ambientes com vivências bem próximas da realidade! As experiências neste novo universo variam bastante, mas o grande diferencial está no atendimento oferecido aos clientes.

Entre uma ação utilizando uma embalagem com código de barras escaneável com atividades interativas, passando por ações com realidade aumentada e até jogos online, é possível identificar um amplo universo a ser explorado por empresas de foodservice com conhecimentos mais aprofundados em tecnologia e desenvolvimento de projetos online. 

Aos poucos as  soluções no Metaverso para empresas de alimentos e bebidas tendem a ganhar maior visibilidade. E para conseguir atrair a atenção dos consumidores, será necessário um pouco de criatividade e entendimento do público para desenvolver soluções que estimulem o interesse, o encantamento e até a fidelização desses consumidores em um universo que ainda precisa ser desvendado.

O que podemos esperar do Metaverso no foodservice?

Há um longo caminho a ser percorrido para que consumidores e empresas assumam suas identidades digitais e gastem dinheiro nesta nova realidade. Alguns setores possuem soluções mais avançadas para o Metaverso, como mineração, operadoras, utilities e aeroespacial.  

Algumas dessas empresas desenvolveram um gêmeo digital e aproveitam os insumos do mundo virtual para testarem e avaliarem os produtos antes de serem lançados no mundo físico. 

Na indústria de alimentos e bebidas essa relação entre experiência física e digital nem sempre é tão óbvia, mas existe um caso bastante curioso sobre a primeira utilização de bitcoin (BTC) no mundo real, e ela está relacionada ao setor de alimentos. Em 22 de maio de 2010, Laszlo Hanyecz promulgou a primeira transação comercial documentada de BTC, comprando duas pizzas Papa John’s pela soma de 10.000 bitcoins. O dia ficou conhecido como Bitcoin Pizza Day. E desde então, empresas estão estudando o fenômeno para encontrar mais pontos de convergência entre os setores. 

No Brasil, as marcas estão cada vez mais utilizando da tecnologia para se conectar ao seu público. Uma cadeia de restaurantes norte-americana com mais de 110 unidades em nosso país aderiu ao Metaverso anunciando um jogo para salvar seu restaurante virtual de “forças do mal”. Durante os desafios, foi possível resgatar cupons de descontos para usar em produtos via pedidos em app delivery.

Um gêmeo digital e um atendimento hiperconectado, por favor!

O Metaverso não é uma novidade e as apostas de investimento nesse universo estão cada vez mais altas. Segundo especialistas, até 2025, serão arrecadados mais de US$ 540 bilhões (cerca de R$ 3 trilhões na cotação atual). 

Embora o foodservice não esteja na relação dos setores mais avançados no desenvolvimento dessa tecnologia, é possível identificar boas alternativas para a criação de uma versão digital de empresas do setor.  Ter um gêmeo digital pode ser um excelente canal de interação com clientes! De apresentação de cardápio até a vivência em um Metaverso desenvolvido pela marca, é possível criar experiências diferenciadas que em algum momento impactarão no negócio físico. 

Imagine o seguinte cenário: Você tem um personagem no Metaverso e descobre um restaurante. Então, ao interagir com funcionários que trabalham no estabelecimento, e efetuar um pedido, você recebe em casa a refeição escolhida nesse mundo. Como você prevê que seja essa experiência? 

Acredite ou não, essa realidade está cada vez mais próxima de acontecer. Mas, para que isso ocorra é necessário que as empresas aprimorem seus investimentos em tecnologia e também a forma como se relacionam com os seus clientes e públicos de interesse. 

No entanto, essa revolução não deve acontecer do dia para a noite e exigirá das empresas um maior comprometimento em atendimento e ações que valorizam a relação com os  seus consumidores.