Uma matéria publicada pela Exame destacou a estratégia da Pizza Hut para expandir sua presença na China em meio a um cenário de consumo mais contido. Operada pela Yum China no país, a rede lançou a linha de lojas econômicas Pizza Hut Wow, com preços mais acessíveis e foco em um público jovem.
As novas unidades oferecem pizzas por menos de 50 yuans (cerca de R$ 40), além de bebidas e sobremesas a partir de 9,9 yuans (R$ 7,85). O impacto foi imediato: as vendas da pizza principal cresceram 50% em 2024. No último trimestre, a Yum China registrou um aumento de 156% no lucro operacional em relação ao mesmo período do ano anterior.
“Estamos transformando a Pizza Hut em uma marca mais acessível, ampliando a faixa de preços e diversificando o cardápio”, afirmou Adrian Ding, diretor financeiro da Yum China, durante a conferência de resultados da empresa.
Expansão e apelo ao público jovem
O conceito da Pizza Hut Wow é simples: lojas menores, cardápio mais enxuto e preços reduzidos. A marca ajustou o valor de cerca de 30 itens para tornar suas ofertas mais competitivas.
O objetivo é atrair clientes que não frequentavam a rede tradicional. “O ticket médio nas lojas Wow é menor, mas elas trazem consumidores mais jovens e ampliam nossa participação de mercado”, disse Joey Wat, presidente da Yum China, ao Business Insider.
A adaptação ao gosto local também faz parte da estratégia. Um dos sucessos de 2024 foi a pizza de durian, fruta popular na Ásia, que conquistou os consumidores.
Eficiência e crescimento acelerado
Com um consumidor mais cauteloso nos gastos, a Pizza Hut precisou ajustar sua operação. A rede investiu na eficiência dos processos e na redução de custos para manter a lucratividade.
O resultado foi um crescimento acelerado. Em 2024, a marca abriu 412 novas unidades na China, totalizando 3.724 lojas no país. Dessas, mais de 200 foram da linha Wow.
A Yum China encerrou o ano com aproximadamente 16 mil unidades somando todas as suas marcas, incluindo o KFC, e tem planos de alcançar 20 mil lojas até 2026.
O bom desempenho levou a empresa a aumentar os dividendos em 50% e reforçar o plano de recompra de ações, devolvendo US$ 1,5 bilhão aos acionistas em 2024.
Essa adaptação foi inspirada na matéria original publicada pela Exame
