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Bloomin’ Brands registra prejuízo de US$ 79,5 milhões no 4T24

Outback vendido para a Vinci Partners no BR

A Bloomin’ Brands, grupo responsável pelo Outback Steakhouse, reportou um prejuízo líquido de US$ 79,5 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro de US$ 43,3 milhões obtido no mesmo período do ano anterior. A receita da companhia sofreu uma queda de 9,3%, totalizando US$ 972 milhões, abaixo das projeções do mercado.

Fatores que impactaram o desempenho A queda nos resultados foi influenciada por três principais fatores: desaceleração nas vendas nos Estados Unidos, aumento dos custos operacionais e o impacto contábil da venda de 67% da operação brasileira para a Vinci Partners. Com essa transação, os resultados do Outback Brasil deixaram de ser consolidados no balanço da empresa.

Desempenho nos EUA As vendas comparáveis apresentaram retração na maioria das marcas do portfólio da Bloomin’ Brands, refletindo menor tráfego de clientes e aumento dos custos operacionais:

  • Outback Steakhouse: -1,8%
  • Carrabba’s Italian Grill: -0,9%
  • Bonefish Grill: -1,5%
  • Fleming’s Prime Steakhouse: +3,0% (única marca com crescimento)

O Outback, principal bandeira do grupo, registrou uma queda de 4,7% no tráfego de clientes, evidenciando um cenário mais desafiador para o segmento de casual dining nos Estados Unidos.

Venda do Outback Brasil e impacto no balanço No dia 30 de dezembro de 2024, a Bloomin’ Brands concluiu a venda da operação brasileira para a Vinci Partners, mantendo uma participação de 33%. Com a transação, os restaurantes do Brasil passaram a operar no modelo de franquia, o que impactou a consolidação dos resultados globais da companhia.

A Vinci Partners já anunciou um plano de expansão ambicioso, prevendo dobrar o número de unidades do Outback no Brasil nos próximos anos. Esse crescimento pode gerar novos ganhos para a Bloomin’ Brands por meio de royalties de franquia.

Perspectivas para 2025 Para 2025, a Bloomin’ Brands projeta um lucro por ação ajustado entre US$ 1,20 e US$ 1,40, abaixo das expectativas anteriores. A companhia também prevê desafios como inflação nos custos de commodities (entre 2,5% e 3,5%) e aumento das despesas trabalhistas (entre 4% e 5%).

O plano de crescimento para o ano inclui a abertura de 18 a 20 novos restaurantes próprios e cerca de 30 novas franquias, além de iniciativas para mitigar a queda no tráfego de clientes nas unidades já existentes.

Essa adaptação foi inspirada na matéria original publicada pela Exame

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