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Cerveja mais cara: preços sobem no primeiro trimestre de 2025, aponta relatório

freepik

O preço da cerveja no Brasil ficou mais salgado no início de 2025. Segundo um relatório do Bank of America, divulgado em 2 de abril, os valores subiram 1% no primeiro trimestre deste ano em comparação com os três meses anteriores.

Entre as marcas premium, a Heineken foi destaque com o maior reajuste: os preços cresceram cerca de 5% entre dezembro e março. No trimestre anterior, a marca havia optado por manter os preços mais estáveis. Já as marcas Stella Artois e Corona, da Ambev, também subiram, mas em ritmo mais moderado — 1,7% e 1,4%, respectivamente.

Com esses movimentos, a Heineken passou a custar, em média, 3% a mais que a Stella, revertendo o cenário de novembro, quando estava 3% mais barata. Em relação à Corona, o desconto da Heineken caiu de 24% para 15%.

Nas cervejas mais populares, a Itaipava liderou o aumento de preços, com uma alta de cerca de 5%. Segundo o banco, o reajuste está ligado a custos mais elevados de produção. A Brahma manteve seus preços estáveis, enquanto a Skol teve comportamento misto: os preços permaneceram iguais em bares e restaurantes, mas subiram no varejo.

Já no segmento intermediário — conhecido como “core plus” —, a Budweiser teve aumentos mais expressivos: 8,4% em bares e restaurantes e 6,6% em supermercados e atacadistas.

O relatório também aponta os motivos por trás dessas altas: a desvalorização do real, o aumento do preço do alumínio e uma leve alta no milho, ingredientes e insumos importantes para a produção da bebida.

O Bank of America estima que empresas mais expostas ao mercado de commodities devem enfrentar um aumento de 6% nos custos em relação ao trimestre anterior, e de 15% na comparação anual. No caso da Ambev, esse impacto deve ser menor agora, mas pode pesar mais nos próximos trimestres.

Por fim, a produção de bebidas alcoólicas como um todo também sofreu retração: caiu 4% em janeiro na comparação com o ano anterior, mantendo a tendência de queda já observada no fim de 2024, quando o recuo foi de 4,7%.

Essa adaptação foi inspirada na matéria original publicada pelo Portal Valor Investe

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