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Apagão na Península Ibérica afeta varejo alimentar

Reprodução/AFP

Na última segunda-feira (28), um apagão de grandes proporções atingiu amplas regiões da Espanha e de Portugal, provocando impactos imediatos no cotidiano da população e no setor de varejo alimentar. Interrupções em serviços essenciais como transporte público, telecomunicações e comércio deixaram milhares de pessoas sem acesso a recursos básicos, desencadeando uma reação em cadeia que também afetou diretamente os supermercados e as cadeias de suprimentos.

Consumo sob pressão: comportamento semelhante ao da pandemia

Com o blecaute prolongado, consumidores correram aos supermercados em busca de itens de necessidade básica. Produtos como água engarrafada, papel higiênico, leguminosas, arroz, massas, ovos, alimentos enlatados e velas rapidamente sumiram das prateleiras. O cenário lembrou momentos críticos vividos durante a pandemia de Covid-19, quando o medo da escassez provocou comportamentos de compra impulsiva e formação de estoques domésticos.

Desafios operacionais para o varejo

Grandes redes como Mercadona, El Corte Inglés e Alcampo conseguiram manter suas operações com o uso de geradores de energia, garantindo o abastecimento em algumas regiões. Por outro lado, marcas como DIA e Ahorramás enfrentaram sérias dificuldades, com cerca de 50% de suas lojas fechadas devido à interrupção no fornecimento elétrico.

A situação evidenciou a importância de planos de contingência e infraestrutura de emergência no varejo alimentar, especialmente em contextos urbanos altamente dependentes de energia e conectividade.

Recomendações e medidas emergenciais

Enquanto as autoridades espanholas e portuguesas investigam as causas do apagão — descrito como um “fenômeno atmosférico raro” e “absolutamente excepcional” — foram emitidas orientações para a população, incluindo:

  • Evitar deslocamentos não essenciais;
  • Manter lanternas e baterias carregadas;
  • Estocar alimentos não perecíveis e água potável;
  • Acompanhar comunicados oficiais e atualizações da imprensa.

A operadora elétrica espanhola Red Eléctrica estima que a energia seja completamente restabelecida entre seis e dez horas após o início do evento. Já em Portugal, a operadora REN alerta que a normalização total pode levar até uma semana.

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