A Nestlé Brasil acaba de ultrapassar uma meta importante em sua jornada de sustentabilidade: 41% das principais matérias-primas utilizadas pela empresa — cacau, café e leite — já são adquiridas de produtores que adotam práticas de agricultura regenerativa. O número supera a meta inicialmente estabelecida de atingir 30% até dezembro de 2025.
Esse avanço reforça o compromisso da multinacional suíça com a redução dos impactos ambientais em sua cadeia produtiva. Dados da própria companhia apontam que cerca de 70% das emissões de carbono da Nestlé têm origem na agricultura, o que torna as transformações nesse setor especialmente estratégicas para atingir as metas climáticas globais — como cortar pela metade as emissões até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono em 2050.
O papel do Brasil e dos produtores rurais
Segundo Bárbara Sollero, head de agricultura regenerativa da Nestlé Brasil, cerca de 25% das principais matérias-primas rastreadas com essas práticas sustentáveis têm origem no Brasil. “Essa aceleração não seria possível sem a parceria dos produtores rurais, que são os principais agentes dessa transformação, assim como de todos os stakeholders envolvidos nesta jornada”, destaca.
A Nestlé atua com programas específicos para cada cadeia produtiva, sempre com foco na capacitação técnica, apoio à inovação e melhoria contínua nas práticas agrícolas. Esses programas vêm impactando positivamente tanto o meio ambiente quanto a produtividade das propriedades participantes.
Iniciativas por cadeia produtiva
- Cacau: O Nestlé Cocoa Plan, presente no Brasil há mais de uma década, já beneficia cerca de 6.500 produtores. Um dos destaques é o projeto “Mais Inteligência Mais Cacau”, que busca aumentar em 20% a produtividade das fazendas parceiras e elevar sua rentabilidade em 30% até 2027.
- Leite: O programa Nature por Ninho incentiva mais de 1.000 fazendas leiteiras a adotarem práticas sustentáveis como manejo do solo, bem-estar animal e garantia de qualidade na produção.
- Café: Já o Nescafé Plan oferece suporte a cerca de 2.200 propriedades cafeeiras no país. As fazendas envolvidas têm apresentado produtividade 60% superior à média das propriedades convencionais brasileiras, com ganhos em eficiência e sustentabilidade.
Um modelo inspirador para o setor
O caso da Nestlé mostra que metas ambientais ambiciosas podem ser atingidas — e até superadas — com planejamento estratégico, investimento em inovação e, principalmente, colaboração com quem está no campo. Os exemplos brasileiros, como os jovens produtores de cacau em Minas Gerais e cafeicultores que modernizam suas lavouras com irrigação e gestão eficiente, mostram que o futuro da alimentação sustentável já está em construção.
Fonte: Globo Rural