Em entrevista à IstoÉ, Renata Vichi, CEO do Grupo CRM — controlador das marcas Kopenhagen e Brasil Cacau — comentou os efeitos da disparada no preço do cacau, que chegou a quadruplicar em 2024. Segundo ela, apesar dos impactos, o pior já passou: “Já passamos a ‘arrebentação’, a fase mais crítica”, afirmou, projetando um cenário mais promissor para 2026 e 2027.
Apesar da alta expressiva — o preço do cacau subiu 189% e chegou a picos de 282% em 2024, de acordo com a Abia — a executiva ressalta que a empresa optou por estratégias internas de eficiência, em vez de repassar totalmente os custos ao consumidor. Renata também destacou que nunca havia presenciado uma inflação tão severa para uma commodity agrícola como nos últimos anos.
A tradição segue sendo um pilar da Kopenhagen. Mesmo após a aquisição pelo grupo Nestlé em 2023, a marca manteve suas receitas originais. “Qualidade é um ativo inegociável dentro da nossa história”, disse Vichi, citando o clássico chocolate Língua de Gato, presente no mercado desde 1940.
No quesito expansão, o Grupo CRM segue a pleno vapor. Ao todo, são mais de 1.300 pontos de venda entre as duas marcas. Em 2024, foram abertas 250 novas lojas, representando um crescimento de 70%. Para 2025, a previsão é inaugurar mais 200 unidades.
Os investimentos em franquias variam: uma unidade da Brasil Cacau parte de R$ 200 mil, enquanto uma loja da Kopenhagen pode exigir até R$ 1 milhão, especialmente nas flagships.
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Fonte: Istoé