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A fórmula bem-sucedida do cooperativismo paranaense na Frimesa

Agfeed

O cooperativismo paranaense continua mostrando sua força, especialmente em tempos de desafios no agronegócio, com cooperativas como a Frimesa destacando-se por seu crescimento contínuo e investimentos robustos.

Fundada no final da década de 1970 em Medianeira-PR, a Frimesa é um exemplo claro de como a “intercooperação” entre grandes cooperativas pode gerar resultados expressivos. Ao se unir com C.Vale, Copacol, Lar, Primato e Copagril, a Frimesa conseguiu alcançar uma escala de produção que a coloca como uma das maiores exportadoras de suínos e derivados do Brasil.

Em entrevista ao AgFeed, o presidente da Frimesa, Elias Zydek, explicou que a cooperativa surgiu com o objetivo de agregar valor à suinocultura e à produção de leite, criando uma marca forte capaz de competir nos mercados nacional e internacional. O modelo de intercooperação tem dado frutos, com a Frimesa ocupando a quarta posição no ranking de grandes empresas de suínos do Brasil, atrás apenas de gigantes como Seara, Aurora e BRF.

Em 2024, a cooperativa alcançou um faturamento de R$ 6,58 bilhões, representando um crescimento de 7,5% em relação ao ano anterior, com expectativas de crescimento de 8,5% para 2025, totalizando R$ 7,16 bilhões. Este sucesso não se deve apenas à oscilação dos preços da carne suína, mas também ao aumento da capacidade de produção, especialmente após a inauguração da maior unidade frigorífica de suínos da América Latina, em Assis Chateaubriand, Paraná.

A nova planta, que tem capacidade para abater até 15 mil suínos por dia, reflete o planejamento estratégico da cooperativa, iniciado em 2015, para atender à crescente demanda por suínos e derivados. Até 2026, a primeira fase da unidade estará concluída, aumentando a produção em 7,5 mil suínos diários, com a meta de atingir 23 mil cabeças diárias até 2032.

A Frimesa projeta também um aumento significativo de seu market share no processamento de suínos no Brasil, subindo de 7,5% para 14% até 2032, o que impulsionaria ainda mais o faturamento da cooperativa, que poderia chegar a R$ 15 bilhões no mesmo ano.

O crescimento está ligado ao momento favorável do mercado, com a produção de carne suína e derivados crescendo entre 8% e 10%, e a expectativa de que esse ritmo continue em 2025. A cooperativa também está diversificando suas exportações, reduzindo a dependência da China e se expandindo para mercados como as Filipinas, o que tem gerado impacto positivo nos preços e na demanda.

Além disso, a Frimesa tem adotado uma política sólida de sustentabilidade, com investimentos em projetos ESG, como a produção de biometano em suas unidades. Esse biometano substitui o GLP, proveniente do petróleo, no processo industrial, refletindo o compromisso da cooperativa com a economia circular e com a neutralização do carbono até 2040.

Em relação aos produtos lácteos, a Frimesa continua a crescer, com a expectativa de um aumento de 6,5% no volume comercializado em 2025. A cooperativa está focada em expandir sua linha premium de produtos lácteos, com destaque para queijos finos, como camembert e gorgonzola, e iogurtes funcionais.

A Frimesa segue sua trajetória de crescimento, com planos de continuar investindo em tecnologia, inovação e sustentabilidade, mantendo-se como um modelo de sucesso para o cooperativismo paranaense e uma referência no agronegócio brasileiro.

Essa adaptação foi inspirada na matéria original publicada pela Agfeed

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