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Alimentos continuam a pressionar inflação e tomate é vilão do IPCA-15

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O IPCA-15 — prévia da inflação oficial do Brasil — fechou abril com alta de 0,43%, dentro das expectativas do mercado, mas abaixo da taxa registrada em março, de 0,64%. Embora o dado indique algum alívio na variação mensal, economistas alertam que a inflação continua pressionada, especialmente no grupo de alimentos e bebidas, reacendendo o sinal de atenção do Banco Central para a próxima reunião de política monetária.

Entre os destaques, o tomate teve forte alta de 32,67% no mês, após já ter subido 12,57% em março. Esse aumento isolado respondeu por 0,08 ponto percentual do IPCA-15 e contribuiu com 0,05 p.p. para a alta do grupo “Alimentação no Domicílio”, que passou de 1,25% para 1,29%. Outros produtos também subiram: o café moído (+6,73%) e o leite longa vida (+2,44%).

Do lado dos bens industriais, houve aceleração de 0,17% para 0,53%, revertendo o efeito da Semana do Consumidor, que havia reduzido temporariamente os preços. Já os combustíveis e passagens aéreas ajudaram a conter a inflação geral, com queda de preços — as passagens caíram 14,38%, retirando 0,11 p.p. do índice.

Ainda assim, métricas mais estruturais continuam em elevação: os serviços subjacentes subiram de 6,24% para 6,42%, e a média dos núcleos de inflação foi de 4,72% para 5,00%. O economista Luiz Otávio Leal, da G5 Partners, destaca que a inflação atual está mais alta do que no mesmo mês de 2024 (0,21%), elevando o acumulado do ano para 2,42%, contra 1,67% no mesmo período do ano anterior.

Economistas da XP observam que a surpresa de alta veio de itens voláteis como alimentos frescos e carnes, enquanto passagens aéreas surpreenderam no lado oposto. A análise da XP ressalta que, embora os desvios tenham sido pontuais, a inflação continua pressionada e deve persistir nos próximos meses.

Leonardo Costa, do ASA Investments, também aponta que o núcleo de serviços segue elevado, com variação de 7,6% na média móvel de três meses, o que reforça a preocupação com a trajetória inflacionária em 2025 — estimada em 5,3%.

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