O preço do ovo teve um aumento significativo de 19,44% em março, de acordo com o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15), divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (27). O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação oficial e leva em conta os preços coletados entre os dias 13 de fevereiro e 17 de março, comparados com os valores do período anterior (15 de janeiro a 12 de fevereiro).
Apesar do aumento expressivo em itens como o ovo, o índice geral da inflação apresentou desaceleração. Em março, o IPCA-15 registrou alta de 0,64%, abaixo dos 1,23% verificados em fevereiro. Os grupos que mais contribuíram para esse resultado foram Alimentação e bebidas (alta de 1,09%) e Transportes (alta de 0,92%), representando juntos cerca de dois terços da inflação do mês.
O ovo foi o vilão da vez
No grupo de alimentação, o ovo de galinha foi o principal responsável pelo aumento. Entre as 11 regiões analisadas pelo IBGE, Salvador teve o maior reajuste no preço do alimento, com alta de 26,87%. Veja a variação por região:
- Salvador: 26,87%
- Distrito Federal: 24,09%
- Recife: 23,76%
- Porto Alegre: 22,87%
- Curitiba: 22,80%
- Belo Horizonte: 21,76%
- Goiás: 20,34%
- Rio de Janeiro: 19,09%
- Belém: 17,20%
- São Paulo: 14,85%
- Fortaleza: 12,80%
Por que o preço do ovo aumentou?
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o aumento no preço é sazonal e tem relação direta com o período da Quaresma, quando há maior consumo de ovos e carnes brancas como substituição das carnes vermelhas.
Além disso, a ABPA destaca outros fatores importantes:
- Aumento de custos de produção, como o milho (30%) e insumos de embalagens (mais de 100%);
- Altas temperaturas, que afetam diretamente a produtividade das aves, reduzindo a oferta.
Mesmo com o aumento acumulado de 13,23% no preço do ovo nos últimos 12 meses, a expectativa da associação é de que o mercado comece a se estabilizar ainda antes do fim da Quaresma.
Essa adaptação foi inspirada na matéria original publicada pelo Portal Terra