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China reabre mercado para carne de aves da Argentina após dois anos

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O governo chinês anunciou a reabertura de seu mercado para a carne de aves da Argentina, encerrando um bloqueio que durava desde 2023. A suspensão havia sido imposta em razão de um surto de gripe aviária no país sul-americano. A decisão foi oficializada em uma reunião realizada no dia 17 de março entre o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, e o vice-ministro da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), Wang Lingjun.

De acordo com o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), além da carne de aves, a China também autorizou a importação de outros produtos argentinos, como cálculos biliares e frutos secos — incluindo nozes, amêndoas, avelãs e pistaches.

Segundo o governo argentino, a medida representa um avanço significativo para o setor agroexportador do país. Antes do bloqueio, a China era o principal destino das exportações argentinas de carne de aves, absorvendo cerca de 45% do total comercializado, o equivalente a US$ 170 milhões, segundo dados do Senasa.

Durante o encontro, também foram discutidos protocolos sanitários para outros produtos de origem animal e vegetal, como miudezas suínas, ameixas secas, pescados e leguminosas (feijão, grão-de-bico e lentilhas). Além disso, os representantes buscaram avançar nas negociações para autorizar a exportação de miudezas bovinas.

Brasil ainda enfrenta restrições

Apesar da reabertura para a Argentina, a China mantém o embargo à carne de frango proveniente do Rio Grande do Sul. A medida foi adotada em julho de 2024, após a confirmação de um foco da doença de Newcastle em uma granja no município de Anta Gorda — o primeiro caso registrado no Brasil desde 2006.

Após o surto, a propriedade foi totalmente desativada, com a eliminação de cerca de sete mil aves e desinfecção das instalações. O Ministério da Agricultura declarou a erradicação da doença em novembro de 2024, mas ainda aguarda uma decisão oficial da China para retomar as exportações do estado.

Além da China, a Arábia Saudita também impôs restrições temporárias, impactando diretamente o setor avícola brasileiro.

Para mais informações, acesse o conteúdo completo em:
🔗 Avisite – China reabre mercado para produto argentino

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