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Big Mamma planeja chegada ao Brasil com proposta de gastronomia imersiva

divulgação

Um dos grupos de restaurantes mais badalados da Europa, o Big Mamma, está de olho no Brasil. Fundado em 2015 em Paris pelos empreendedores Victor Lugger e Tigrane Seydoux, o grupo francês, que se tornou referência em experiências gastronômicas italianas, busca agora parceiros locais para sua expansão na América Latina.

Adquirido em 2023 pelo fundo inglês McWin, o Big Mamma soma mais de 30 unidades espalhadas pela França, Reino Unido, Espanha e Mônaco. A proposta vai além da comida: cada restaurante é único em design e atmosfera, com ambientes vibrantes que remetem à Itália, tanto pela estética quanto pela energia contagiante do serviço. “O Big Mamma não é só um restaurante — é um espetáculo”, define Jorge Lizan, consultor especializado em expansão internacional e responsável pela prospecção no Brasil.

Modelo de negócio e diferencial competitivo

A base do sucesso do Big Mamma está na valorização da artesanalidade italiana. Ingredientes são importados diretamente da Itália, alguns com entrega em até 36 horas, mantendo a autenticidade como pilar da marca. O grupo não trabalha com reservas, o que transforma as filas em parte da experiência — um elemento que cria expectativa e reforça o caráter aspiracional da visita.

Um dos marcos da operação foi a abertura, em 2018, do restaurante La Felicità, localizado dentro do campus de startups Estação F, em Paris. Com 4.500 m², o espaço abriga sete operações diferentes, incluindo uma cafeteria 24h. No auge, chegou a servir 8 mil refeições por dia.

Em 2019, o grupo deu início à sua internacionalização com unidades em Londres e hoje mira mercados de grande potencial como o brasileiro.

Oportunidades e desafios no Brasil

O mercado brasileiro de restaurantes italianos é robusto: são cerca de 9 mil estabelecimentos especializados, sendo 86% comandados por empresários independentes, conforme levantamento do consultor Sérgio Molinari. Isso revela um setor pulverizado, com espaço para conceitos inovadores, mas também altamente competitivo.

As redes mais conhecidas — Pecorino, Abbraccio, La Pasta Gialla e Andiamo — somam cerca de 120 unidades e representam apenas 3% do faturamento estimado em R$ 32 bilhões anuais do setor. Mesmo com presença em shoppings e estratégias consolidadas, nenhuma delas alcança o mesmo nível de teatralidade de marca que o Big Mamma propõe.

Na avaliação de Molinari, a força do grupo francês está na experiência que oferece — comparável, em termos de impacto visual e ambientação, ao estilo da rede Paris 6. “É uma marca urbana, voltada para o público jovem das classes A e B, com forte apelo estético e presença de rua. Tem tudo a ver com capitais como São Paulo”, afirma.

Expansão com foco estratégico

Caso a operação brasileira se concretize, o Big Mamma poderia abrir entre 10 e 20 unidades, com investimentos estimados entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões por restaurante. A capital paulista, por abrigar a maior colônia italiana e um consumidor aberto a experiências gastronômicas, seria o ponto de partida natural.

Além disso, para entrar em shopping centers, o grupo precisaria buscar espaços alinhados com conceitos de praças de alimentação premium, capazes de acolher o estilo marcante da marca.

A movimentação do Big Mamma em direção ao Brasil reforça o apelo crescente por experiências gastronômicas diferenciadas e mostra que o país continua sendo um mercado atrativo para redes internacionais em busca de novos públicos.



Fonte: Diário do Comércio


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