A General Mills, dona de marcas como Yoki, Kitano e Häagen-Dazs, escolheu o Brasil como uma das prioridades em sua estratégia global de crescimento fora dos Estados Unidos e Canadá. A presidente da operação brasileira, Poliana Sousa, que assumiu o cargo em agosto de 2024, destaca o potencial do país como um motor de rentabilidade. Marcas consolidadas como as pipocas de micro-ondas da Yoki e os temperos Kitano são vistas como pilares para essa expansão, que inclui maior inovação e ampliação da penetração em categorias como farofas e snacks.
A estratégia já se reflete em investimentos robustos: mais de R$ 300 milhões foram aplicados no complexo industrial de Pouso Alegre (MG) nos últimos três anos, além de R$ 50 milhões para ampliar a produção de derivados de mandioca. Com mais de 90% da produção voltada ao mercado interno, a empresa aposta em matérias-primas locais como milho, mandioca e batata. A executiva destaca o foco no consumo doméstico e uma gestão com maior autonomia local, inclusive com estratégias regionais específicas para adaptar os produtos ao paladar brasileiro.
Entre as iniciativas de destaque está a parceria com a Netflix, com sabores criativos de pipoca como “cheddar fenomenal” e “presunto absurdo”, aprovados por mais de 98% dos consumidores que experimentaram. Outra aposta é a linha premium de farofas “Caseiríssima”, com sabores inspirados no gosto do consumidor carioca e já em expansão para outras regiões, como o Nordeste. A sazonalidade também entra na estratégia, com a campanha nacional para o São João e prêmios diários, aproveitando o potencial da segunda maior festividade do país.
A empresa aposta na diversidade de preços e produtos para atingir diferentes perfis de consumidores. Ao lado de linhas premium como Häagen-Dazs e pipocas especiais, continuam no portfólio versões mais acessíveis de produtos como os temperos Kitano e snacks Yokitos. Apesar da receita anual global ter registrado leve queda (US$ 19,86 bilhões, -1,18%) e das ações terem recuado cerca de 20% em um ano, a General Mills mantém o Brasil como uma peça central de sua estratégia de crescimento e inovação.
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