É possível afirmar com muita certeza: a culinária asiática está consolidada como uma das mais apreciadas no mercado gastronômico global. Do sushi ao yakissoba, a diversidade e a sofisticação dos sabores orientais conquistam paladares e corações, além de abrir oportunidades comerciais em diferentes locais, caso dos shopping centers, cidades do interior, aeroportos, etc.
Por se tratar de um tipo de gastronomia que atrai adeptos em todo o mundo, investir na abertura de uma franquia nesse segmento pode ser uma excelente maneira de empreender. Gerir uma franquia de culinária asiática, no entanto, exige muito mais do que entusiasmo pela comida: requer um conjunto estratégico de atributos, que vão desde o conhecimento técnico até a sensibilidade cultural.
Compreender o conceito e respeitar sua autenticidade são dois aspectos fundamentais, uma vez que a culinária asiática carrega uma forte identidade cultural. Isso significa que é interessante compreender a origem e o valor dos pratos servidos. Não se trata apenas de repetir receitas, mas de respeitar técnicas, ingredientes e até modos de servir. Apenas dessa maneira é possível entregar uma experiência autêntica — mesmo que adaptações ao paladar local sejam feitas. Para isso, são necessárias uma dose de curiosidade intelectual, além de disposição para aprender continuamente sobre a cultura dos países asiáticos envolvidos no cardápio.
Outro ponto importante está relacionado à capacidade de gestão operacional e foco em padrões. Afinal, franquias pressupõem padronização. Um dos grandes desafios na culinária asiática é manter a consistência no sabor, na apresentação e no atendimento, especialmente em pratos que dependem de cortes precisos ou tempo de cozimento específico. Assim, o franqueado precisa ter um perfil de gestor meticuloso, com atenção a processos e controle de qualidade. A habilidade de treinar e supervisionar equipes também é crucial, pois a execução final do produto está diretamente nas mãos da operação diária.
Na sequência, temos o gerenciamento da cozinha, que no caso dos restaurantes especializados na culinária asiática costuma ter uma rotina intensa e exigente. O ritmo acelerado e a precisão nos preparos demandam uma equipe coesa, treinada e motivada. Sendo assim, é importante ser um líder capaz de formar times resilientes, promovendo um ambiente de trabalho saudável, com baixa rotatividade. Além disso, em muitos casos, é necessário lidar com colaboradores de diferentes origens culturais, o que exige empatia e habilidade interpessoal.
Outro destaque está relacionado ao fato de que o mercado gastronômico está totalmente interligado às novas tecnologias, caso do delivery, dos pagamentos digitais, dos programas de fidelidade via app, da gestão de estoque automatizada, entre outros aspectos. Quem empreende nesse setor deve ter disposição para adotar essas ferramentas, além de saber utilizá-las para melhorar a experiência do cliente e otimizar sua operação.
Avalio que estar à frente de uma franquia do setor de culinária asiática é um desafio multifacetado. Não basta ter paixão por comida ou visão empreendedora — é preciso unir cultura, disciplina, gestão e adaptação. Os empreendedores que prosperam nesse segmento são aqueles que conseguem equilibrar a tradição da cozinha oriental com a dinâmica exigente do mercado ocidental, entregando ao cliente uma experiência coerente, saborosa e memorável. O sucesso, nesse caso, é tão refinado quanto o corte de um sashimi bem feito: exige técnica, cuidado e respeito.
Fonte: Scaramella press