Você já ouviu falar da dieta FODMAP? Criada por pesquisadores australianos da Monash University, ela tem ganhado cada vez mais destaque no mundo da nutrição por seu impacto positivo em pessoas com desconfortos gastrointestinais, especialmente aquelas que sofrem com a Síndrome do Intestino Irritável (SII). Mas afinal, o que é essa dieta e quem realmente precisa dela?
O que são FODMAPs?
FODMAP é um acrônimo para:
- Fermentáveis
- Oligossacarídeos (ex: frutanos e galactanos)
- Dissacarídeos (ex: lactose)
- Monossacarídeos (ex: frutose em excesso)
- And
- Poliol (ex: sorbitol e manitol)
Esses são tipos de carboidratos de difícil digestão, encontrados em diversos alimentos comuns, como trigo, leite, maçã, cebola, mel, leguminosas, entre outros. Quando chegam ao intestino, eles fermentam e provocam sintomas como gases, inchaço, dores abdominais, diarreia ou constipação.
Para quem é indicada a dieta FODMAP?
A dieta FODMAP não é uma solução universal, mas sim uma abordagem terapêutica personalizada, indicada principalmente para:
- Pessoas com Síndrome do Intestino Irritável (SII): Cerca de 70% dos pacientes com SII relatam melhora significativa dos sintomas ao seguir a dieta.
- Pacientes com doenças intestinais inflamatórias (como a Doença de Crohn ou retocolite ulcerativa) em fase de remissão, que continuam apresentando sintomas funcionais.
- Pessoas com distensão abdominal e desconfortos digestivos recorrentes que não encontram causa em exames convencionais.
Importante: a dieta FODMAP não é recomendada para o público em geral, pois restringe muitos alimentos saudáveis e pode causar desequilíbrios nutricionais se feita por conta própria.
Como funciona a dieta?
Ela é dividida em três fases principais:
- Fase de restrição (2 a 6 semanas)
Elimina todos os alimentos ricos em FODMAPs. É uma fase de alívio dos sintomas e exige acompanhamento nutricional. - Fase de reintrodução
Os alimentos são reintroduzidos gradualmente, um grupo por vez, para identificar quais provocam sintomas. - Fase de manutenção personalizada
Com base nas reações individuais, cria-se uma dieta adaptada e balanceada, excluindo apenas os alimentos que causam desconforto.
Benefícios e cuidados
Benefícios:
- Redução significativa de sintomas digestivos
- Melhora na qualidade de vida
- Diagnóstico mais preciso de intolerâncias alimentares
Cuidados:
- Deve ser sempre acompanhada por um profissional de nutrição
- Pode ser nutricionalmente restritiva se mal conduzida
- Não é uma dieta para emagrecer