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Brasilidade, frescor e emoção: como marcas estão reinventando a alimentação

Comer fora de casa está deixando de ser apenas uma necessidade prática para se tornar uma experiência com significado. Em um cenário onde o consumidor valoriza autenticidade, prazer e propósito, empresas e marcas do setor alimentício têm se aproximado das raízes brasileiras para entregar muito mais do que sabor: oferecem conexão, identidade e emoção.

Um exemplo dessa transformação é o Grupo Fit, presente em 16 aeroportos do país com 14 marcas. A proposta do grupo é romper com a imagem tradicional de comida de aeroporto — muitas vezes vista como fria e industrializada — ao oferecer pratos preparados com ingredientes frescos e brasileiros. “Quando se pensa em comida de aeroporto, a imagem comum é de sanduíches e salgados. Mas nossos restaurantes servem comida fresca de verdade, feita em uma cozinha central que desenvolve e testa cada prato”, afirma Du Cabral, head de Gastronomia P&D do grupo. Para ele, frescor é um valor essencial: “O fresco combina com a verdade. Isso ajuda muito.”

Outro exemplo de valorização das raízes está na Tapí, rede especializada em tapiocas que possui 12 unidades em São Paulo. Ao renovar seu cardápio, a rede teve como prioridade manter a identidade brasileira nos ingredientes e no ambiente das lojas. “O consumidor busca prazer sem culpa. Ele quer saber a origem do que consome, entender o rótulo. Por isso, era fundamental não perdermos nossa essência nesse processo”, explica Mariana Ferolla, fundadora da marca.

Essa busca por produtos mais conectados com a cultura e a saúde também chegou ao universo das bebidas. Em meio à tendência de consumo mais consciente — com menos álcool e mais significado —, bares como o Trinca Bar e Vermuteria têm apostado em receitas que resgatam saberes ancestrais e ingredientes locais. “O vermute, por exemplo, carrega uma história milenar. Começou como um tônico na Grécia, passou por Roma e chegou à Europa como uma bebida sofisticada. Hoje, queremos traduzir essa tradição com o terroir brasileiro”, conta Tábata Magarão, mixologista e sócia do bar.

A conexão com as emoções também tem se mostrado um diferencial poderoso. Para além das fórmulas saudáveis — como produtos naturais e com menos sódio —, o que fideliza o cliente é o vínculo afetivo que o alimento consegue criar. “Muitas vezes é uma memória da infância, da comida da avó. Isso tem muito valor”, diz Bruna Piccolomini, aromista da empresa Kerry.

Bruna compartilhou o desenvolvimento de um molho asiático criado em parceria com uma rede de hamburguerias, inspirado no sucesso dos doramas coreanos. A mistura adocicada e picante despertou o desejo de experimentar e se tornou um fenômeno nas redes sociais e nos pontos de venda.

Essas experiências e visões foram compartilhadas durante o Connection Foodservice Day Pós-NRA 2025, promovido por Mercado&Consumo, Gouvêa Foodservice e Gouvêa Experience. O evento discutiu as principais tendências do setor observadas na feira NRA Show, realizada em maio em Chicago (EUA), e reforçou a importância de unir inovação, brasilidade e emoção na construção do futuro da alimentação.


Fonte: Mercado&Consumo

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