Em entrevista exclusiva à Exame, o CEO do McDonald’s no Brasil, Rogério Barreira, reafirmou o compromisso da rede com a diversidade, inclusão e inovação no país, destacando que, enquanto a companhia globalmente revisita algumas práticas de diversidade, no Brasil as metas permanecem fortes e imutáveis. Para ele, “diversidade e inclusão são pilares fundamentais para o McDonald’s no Brasil, e isso não vai mudar”.
A empresa tem investido fortemente em inclusão, tanto no âmbito da diversidade quanto no desenvolvimento profissional de seus colaboradores. Em 2024, o McDonald’s no Brasil contratou cerca de 800 profissionais com deficiência, com 70% deles nunca tendo tido uma oportunidade formal de emprego. No total, 51% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres, enquanto 40% dos líderes se identificam como negros. A comunidade LGBTQIA+ também é amplamente representada, com cerca de 23% dos funcionários do McDonald’s se declarando parte dessa comunidade.
Barreira destacou que, para a companhia, diversidade não é uma estratégia opcional, mas uma prioridade estratégica que fortalece tanto a cultura interna quanto a marca. Isso está alinhado com a visão da empresa, que também busca impulsionar seu crescimento e gerar mais oportunidades de emprego no Brasil, com a abertura de entre 90 e 100 unidades da rede na América Latina, sendo a maioria delas no Brasil, em 2025.
Além das iniciativas de diversidade, o McDonald’s no Brasil também está investindo em novas tecnologias para melhorar a experiência do cliente. A inteligência artificial (IA) será fundamental para personalizar o atendimento, seja por meio do aplicativo, dos totens de autoatendimento ou presencialmente. O foco é tornar a experiência do cliente mais única e adaptada às suas preferências.
A diversidade e a inovação estão no coração do que a empresa chama de “Receita do Futuro”, um plano estratégico que inclui não apenas ações em prol da inclusão e da capacitação profissional, mas também um compromisso com a sustentabilidade e a economia circular. Entre as ações previstas estão medidas para garantir um abastecimento sustentável, como o monitoramento via satélite das fazendas fornecedoras de carne e a adoção de práticas sustentáveis em seus novos restaurantes, como a reutilização de água do ar-condicionado e a compostagem de resíduos orgânicos.
Com o Brasil representando 60% do faturamento da Arcos Dourados, que opera o McDonald’s na América Latina, a rede segue como uma peça-chave na estratégia global da marca, tanto pelo seu potencial de crescimento econômico quanto pelo impacto social e ambiental que pode gerar.
Essa adaptação foi inspirada na matéria original publicada pela Exame