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M. Dias Branco tem receita de R$ 2,2 bilhões no 1º trimestre

Divulgação

A M. Dias Branco, líder nacional nos segmentos de massas e biscoitos, divulgou seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025, demonstrando resiliência e eficiência em um cenário econômico desafiador. A companhia cearense registrou receita líquida de R$ 2,2 bilhões no período, valor 3,2% superior ao alcançado no mesmo trimestre de 2024.

Além do avanço nas receitas, a geração de caixa operacional somou R$ 280 milhões — o dobro do registrado no 1T24 — enquanto o lucro líquido atingiu R$ 69 milhões. Os resultados foram impulsionados por uma gestão financeira considerada austera, em meio a um ambiente de juros ainda elevados que impacta negativamente muitas empresas do setor de alimentos.

Gestão financeira sólida e resultados consistentes

De acordo com a companhia, o bom desempenho reflete uma postura rigorosa no controle de dívidas e investimentos. Ao fim do trimestre, o caixa da M. Dias Branco somava R$ 2,3 bilhões, com um caixa líquido (já descontadas as dívidas) de R$ 132 milhões. A empresa também reportou um resultado financeiro positivo de R$ 5,5 milhões.

“O desempenho do trimestre é reflexo da solidez do nosso balanço e do rigor na administração financeira”, afirmou Fábio Cefaly, diretor de Relações com Investidores da empresa.

Destaques por segmento: foodservice e produtos saudáveis ganham força

Mesmo com um leve recuo de 0,7% nos volumes vendidos, o aumento de 3,7% no preço médio impulsionou a receita líquida. Entre os destaques do período, está o crescimento expressivo de 17,4% na categoria de Moagem e Refino de Óleos. Esse desempenho foi impulsionado pela nova estrutura dedicada ao canal food service, que agora conta com uma diretoria comercial exclusiva.

Marcas como Medalha de Ouro e Puro Sabor, já conhecidas no setor, passaram a ganhar mais agilidade estratégica e comercial, com impacto direto na expansão de volumes e receitas.

Outro avanço relevante veio do segmento de Adjacências, que inclui linhas como alimentos saudáveis, torradas, snacks, misturas para bolos, molhos e temperos — além de marcas adquiridas como Jasmine, Fit Food e Frontera. Com uma equipe dedicada exclusivamente ao portfólio, essa frente apresentou crescimento de dois dígitos em receita líquida, com destaque para a performance dos snacks.

Comparativo sazonal e desafios macroeconômicos

Na comparação com o último trimestre de 2024, a receita líquida apresentou retração de 11,3%, reflexo da típica sazonalidade do setor alimentício entre o fim e o início do ano. A queda de 8,6% nos volumes é atribuída a estoques acumulados no varejo e ao período de férias escolares, que impacta negativamente a venda de itens como biscoitos.

Além dos fatores sazonais, a empresa continua enfrentando desafios ligados ao aumento dos custos com matérias-primas e à volatilidade cambial. O preço do trigo em dólar subiu 4% frente ao 1T24, enquanto o óleo de palma apresentou alta de 24% no mesmo comparativo. Já o câmbio médio do trimestre foi de R$ 5,84, acima dos R$ 4,95 registrados no 1T24.

“As commodities continuam pressionando os custos, especialmente o óleo de palma e o cacau. A desvalorização do Real também contribui para esse cenário, exigindo ainda mais cautela nas estratégias de precificação”, conclui Cefaly.

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