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Cachorro-Quente no Brasil: Análise de consumo

O cachorro-quente é um ícone da culinária de rua em muitos países, e no Brasil, não é diferente. Este alimento simples e saboroso conquistou seu espaço nas ruas, lanchonetes e eventos de todo o país. Dia 09/09 é comemorado o seu dia 🌭 , levantamos dados dos nossos parceiros Driva e Mosaiclab sobre o mercado de hot dog, refletindo sua evolução e desafios atuais.

Cachorro-Quente no Brasil

No Brasil, o “hot-dog” chegou junto com a onda de imigrantes e rapidamente se tornou uma refeição de rua muito apreciada, especialmente em eventos públicos e feiras.

Com o tempo, o cachorro-quente brasileiro passou a ganhar características próprias, incorporando ingredientes locais e adaptações regionais. Em São Paulo, por exemplo, é comum encontrar uma grande variedade de ingredientes, desde maionese até batata palha. Em outras regiões, como o Nordeste, o molho apimentado e o queijo coalho são adições populares.

Análise Atual do Mercado

De acordo com os dados recentes da Driva, o mercado de cachorro-quente é predominantemente composto por Microempreendedores Individuais (MEIs), que representam aproximadamente 67% do mercado mapeado. Essa alta presença de MEIs indica um setor bastante informal, o que traz certa incerteza para o setor.

A informalidade também se reflete na grande quantidade de ambulantes. Estes vendedores frequentemente não aparecem em mapeamentos formais devido à natureza informal de suas operações, o que torna a análise mercadológica ainda mais desafiadora.

Concentração Regional e Preferências de Consumo

O levantamento revela que o mercado de cachorro-quente está fortemente concentrado nas regiões Sul e Sudeste, com São Paulo se destacando como o principal polo de consumo. Isso se deve em parte aos hábitos alimentares e culturais da região, que têm uma forte tradição de consumo de alimentos de rua.

Os dados também mostram uma grande concentração de estabelecimentos de cachorro-quente em plataformas de delivery. Mais de 4 mil estabelecimentos estão presentes no delivery, com 72% sendo MEIs. A preferência por delivery em vez de serviço de mesa é um reflexo da informalidade do segmento e da praticidade que os consumidores buscam.

Desafios e Consumo

A Mosaiclab também trouxe à tona alguns desafios enfrentados pelo setor. No 1º semestre de 2024, o gasto com cachorro-quente foi de R$ 1,9 bilhão, uma queda de quase 20% em relação ao mesmo período de 2023. O número de pedidos também caiu 20%, o que sugere uma diminuição no consumo.

O perfil do consumidor continua a mostrar um forte consumo matinal e noturno, com quase 70% dos pedidos ocorrendo nesses períodos. A faixa etária predominante dos consumidores está entre 25 e 34 anos, indicando que o público jovem e adulto continua a ser o principal responsável pelo consumo de cachorro-quente.

Tido como um lanche global, o “dogão” é um exemplo de como um alimento simples pode evoluir e se adaptar às mudanças culturais e econômicas no Brasil. Embora enfrente desafios significativos devido à informalidade e à queda no consumo, continua a ser uma parte essencial da cultura alimentar brasileira


Sobre o IFB
O Instituto de Foodservice Brasil (IFB), fundado em 22 de agosto de 2013, une fornecedores, prestadores de serviços e operadores do setor de alimentação fora do lar. Focado em inteligência de mercado, o IFB fornece dados e informações estratégicas, promovendo a profissionalização do setor. Atua em áreas como racionalização tributária, eficiência da cadeia, transformação digital e ESG, consolidando-se como a principal autoridade do mercado.


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